O show do Fundo de Quintal, às 18h45 de hoje, é um dos bons apelos reservados àqueles que comparecerem ao Bruno Daniel para ver Santo André x Paraná, às 20h30, na última rodada pela Série B do Campeonato Brasileiro. A festa do acesso do time da casa à elite do futebol nacional surge de uma parceria entre a Prefeitura (pela Secretaria da Cultura) e o clube. O grupo de pagode irá se apresentar até as 20h num palco instalado atrás de um dos gols. O roteiro dos organizadores prevê entrega de medalhas aos jogadores e comissão técnica entre 22h15 e 22h30 e um espetáculo pirotécnico na seqüência para incrementar a cerimônia.

O preço único - e promocional - é de apenas R$ 2. Outra alternativa é trocar um quilo de alimento não perecível (menos açúcar e sal) nas bilheterias do Brunão ou no Poliesportivo do Parque do Jaçatuba. Pontos de venda: sede da Fúria (Rua Erato, 470, nas imediações do estádio), Gol de Placa, Sport Center e A Esportiva.

O administrador do estádio, Ronaldo Musial, o Alemão, acredita no comparecimento entre 10 mil e 12 mil pessoas no estádio.

A partir das 18h haverá ônibus de graça àqueles que se deslocarem de alguns bairros da periferia. Dezenas de mascotes vão acompanhar os jogadores na entrada ao gramado. Esquerdinha, que pertence à Tuda, aparecerá no cenário vestido de noiva. Tudo para simbolizar o casamento oficial entre ele e o Ramalhão. O meia Marcelinho deve recepcioná-lo na boca do túnel, segundo prévio acordo que ambos fizeram na quarta-feira.

Amanhã, às 10h, os heróis do acesso participam de uma carreata num caminhão do Corpo de Bombeiros - saída e volta no Brunão. Em seguida, a Gestão Empresarial do Santo André oferece uma churrascada - aberta ao público - nas dependências do estádio. O diretor-geral do clube, Sérgio do Prado, entende que os torcedores tiveram uma influência fundamental na campanha que agora se encerra.

"Não poderíamos deixar de homenageá-los. Todos fortaleceram a nossa corrente para que conquistássemos uma das vagas na Série A", agradece Prado, que projeta um envolvimento muito mais amplo na próxima temporada. "Como chegamos à elite do futebol brasileiro, é natural que a nossa torcida aumente bem mais", admite.

As lideranças das principais organizadas, como Renato Ramos e Marina Melo (torcedora-símbolo da Fúria), além de Ovídio Simpionato (da Tuda), prometem uma comemoração especial.

Santo André promete muita luta pelo ‘título simbólico' da Série B

Aparentemente, o Santo André só entra em campo disposto a cumprir tabela diante do Paraná, às 20h30 de hoje, no Bruno Daniel, na rodada que irá fechar a Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, Sérgio Soares conta que o alvo do time local é o vice. Ou melhor: o título simbólico. Afinal, ele defende a tese de que não vale incluir o Timão o contexto. "Se ficarmos em segundo, é como se chegássemos na ponta da tabela. O Corinthians (campeão da temporada) é outra história", compara o técnico.

O Santo André (65), antecipadamente assegurado na elite do futebol nacional, mede forças contra o Paraná, mas o rival direto é o Avaí, que tem um ponto a mais. "Garantimos uma das vagas, mas queremos um pouco mais na última rodada", avisa o comandante, que procura recriar os estímulos motivacionais do elenco. "Vamos atuar na seriedade", sugere.

Os personagens do acesso concordam. O volante Fernando, que cumpriu suspensão automática e pode voltar ao meio-campo, reprisa o discurso de Sérgio Soares. O capitão acha que o senso de profissionalismo manda o grupo batalhar até o fim. "O espírito de luta é uma coisa que caracterizou a nossa campanha. Não podemos alterar a nossa postura", disse.

Márcio Mixirica - recuperado, a exemplo de Willians, que também se livrou de um problema muscular - pensa igual ao capitão Fernando. "Nossos torcedores vão lotar as arquibancadas para ver a gente ganhar mais uma. Vamos cumprir a nossa obrigação profissional. Não existe isso de facilitar", alerta o matador, que ontem levou o filho Hannyel para conhecer o CT do Tricolor. O atacante ainda visitou o amigo Zé Luís, que se recupera no Reffis. O artilheiro elogiou a estutura do São Paulo.

O meia Marcelinho Carioca, um dos responsáveis pelo indiscutível equilíbrio do Santo André na temporada, rejeita um eventual tropeço. O ala Jaílson também coloca em jogo a dignidade geral do elenco. "Aqui não vão carimbar o nosso acesso".