A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) se declarou contrária ao projeto aprovado anteontem na Câmara dos Deputados que estabelece cotas raciais e sociais nas universidades públicas federais de todo o País - sistema baseado no implantado pela UFABC (Universidade Federal do ABC).

O presidente do órgão, Amaro Lins, explicou que é favorável a medidas que possibilitem o acesso ao Ensino Superior, mas que é preciso conhecer as condições de cada instituição e não apenas garantir um número fixo de vagas por meio de uma lei.

"Somos contrários a colocar em lei, definir o que é cota, o tempo de ação e o percentual, porque isso, inclusive, fere a autonomia das universidades", disse o presidente da Andifes. "Esse projeto, no final, pode trazer um resultado oposto ao que se pretendia porque quando você deixa 50% de todas as vagas para alunos da rede pública sem considerar as questões locais e as condições da própria universidade e do seu entorno, você pode promover maior ociosidade dentro das universidades", disse.