O Grande ABC está próximo de ter novo índice da atividade econômica regional. A responsável por esse trabalho será a Universidade Metodista de São Paulo, que já produz pesquisas sobre o consumo e a economia do Grande ABC, por meio do Observatório Econômico, com o auxílio de alunos e associações comerciais.

Segundo a coordenadora do Curso de Ciências Econômicas da instituição de ensino, Silvia Cristina da Silva Okabayashi, ainda não há previsão de lançamento, mas o desenvolvimento do indicador do PIB (Produto Interno Bruto) da região já teve início.

"Temos um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de metodologia para o cálculo do PIB para a região. Ainda não dá para adiantar nada nesse sentido, porque está em desenvolvimento", disse Silvia.

Ela revelou o projeto durante o lançamento do boletim EconomiABC, ontem, na unidade Rudge Ramos da universidade. Conforme a equipe do Diário antecipou em dezembro, o documento, eletrônico e disponível no site www.metodista.br/observatorio-economico, apresenta os resultados econômicos nacionais, internacionais e regionais, de forma objetiva e direta, aos agentes públicos e privados.

"O boletim ajuda a diminuir as incertezas, seja do empresário, que vai realizar os investimentos, seja do poder público, que tem que desenvolver suas políticas públicas", argumentou o coordenador do estudo e professor da instituição, Sandro Maskio.

METODOLOGIA - A acadêmica revelou que o novo indicador será baseado em dados disponíveis atualmente, como os PIBs municipais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com pesquisa direta, que é a coleta de informações nas sete cidades. Silvia explica que a fase atual é a de criação, porém será seguida de testes do instrumento, depois a validação, para só então chegar à publicação. "Por isso, não temos datas ainda." Hoje, o IBGE é o único instituto que publica indicadores do PIB, interpretados pelo mercado como oficiais.

Silvia disse ainda que não descarta a possibilidade de parceria com o Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano) para a criação de indicador de inflação regional. "Mas é uma pesquisa bastante custosa. Por enquanto, não temos nada em desenvolvimento. Mas é algo que poderemos ter no futuro." Em 2011, o Inpes parou de apurar o único índice de preços regional, o IPC-USCS/ABC, que completava, naquele ano, o 18º ano. A explicação, na época, foi de que o instrumento não virou referência.