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Uma inesperada jornada adulta

Diretor Luciano Moura segue em caminho oposto à comédia
e tenta fazer sucesso nas telonas com o dramático 'A Busca'

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
06/03/2013 | 07:01
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Divulgação


Em um mercado cinematográfico brasileiro no qual as comédias têm sido a bola da vez nos últimos anos graças a seus ótimos rendimentos de bilheteria e público, o diretor Luciano Moura segue em caminho oposto. Ele tenta fazer sucesso nas telonas com o thriller dramático 'A Busca'. "Ele pode abrir uma possibilidade de, além das comédias, termos outras saídas e outros públicos. É possível trabalhar com um filme que une ação e qualidade e não esqueça o espectador", afirma o cineasta, estreante no comando de longas-metragens.

Na tentativa de quebrar barreiras, ele terá a ajuda de Wagner Moura. O ator vive Theo, médico que enfrenta a ruína do casamento e inicia jornada desesperada atrás do filho Pedro (papel do novato Brás Moreau Antunes,), que foge de casa no dia de seu aniversário de 15 anos. "Tentei fazer um filme mais adulto, no sentido de que o que está lá (na tela) não são relações estereotipadas. Buscamos achar a verdade dos personagens. O filme pega o público e tenta conduzir você na ação até o fim com emoção", explica o diretor.

Acostumado a arrastar multidões para as salas em blockbusters como os dois 'Tropa de Elite' e o divertido 'O Homem do Futuro', o protagonista busca que a empreitada possa dialogar com o público e com todo o sistema cinematográfico. "Acho bom a diversidade. O Brasil e o mercado de cinema nacional precisam de filmes como esse. 'O Palhaço', do Selton (Mello), que não é algo popularesco, é um exemplo muito bom. Isso é interessante para o crescimento e o amadurecimento da indústria brasileira. A relação dos filmes ‘médios' com o mercado é algo que ainda estamos a entender", analisa o ator. Ele brinca que a expectativa é de que 12 milhões de pessoas assistam ao título.

DRAMA

Ao falar dos acontecimentos que marcam a viagem de Theo durante dias atrás do filho, Wagner sintetiza o assunto de maneira bem-humorada: "É um 'Procurando Nemo' (animação dos estúdios Pixar na qual um peixe enfrenta oceanos para encontrar o filho raptado por mergulhadores). Aquele pai do começo não é o mesmo do fim da jornada. O público vai acompanhando essa evolução da trama." Entre a caçada por pistas do adolescente, o personagem começa a conhecer o filho com a ajuda de sua ausência. "Eu não sei o que faria e nem gosto de imaginar como seria na vida real. É um exercício de imaginação intuitiva", diz Wagner.

Segundo a atriz Mariana Lima, intérprete de Branca, mãe do garoto desaparecido e ex-mulher de Theo, a dinâmica da família promete chamar a atenção. "O filme investe na ideia de um romance familiar que o cinema brasileiro investe pouco. Reproduzimos uma realidade que está longe das telas e acho que isso dá mais vontade de vermos filmes assim."

'A Busca' está programado para estrear nos cinemas de todo o País no dia 15.




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