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Vereadores se despedem em S.Caetano

Os vereadores Horácio Neto (Psol), Moacyr Rodrigues (DEM) e Ângelo Pavin (PTB) preparam as despedidas

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
12/10/2008 | 07:11
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Donos de nove mandatos legislativos, os vereadores de São Caetano Horácio Neto (Psol), Moacyr Rodrigues (DEM) e Ângelo Pavin (PTB) preparam suas despedidas da Câmara. Cada um a sua maneira e por motivos diferentes, eles não estarão entre os 12 parlamentares que assumem a cadeira no dia 1º de janeiro. Nas cerca de dez sessões restantes até o fim do ano, resta pouco trabalho a ser concluído. E o futuro político do trio ainda é incerto.

A primeira sessão após a eleição, realizada na terça-feira, teve enredo de despedida, numa plenária em que, ao menos por parte dos três, não faltaram agradecimentos emocionados.

Horácio Neto deixou de concorrer à eleição para o que seria seu quinto mandato parlamentar para tentar pela terceira vez - duas pelo PT na década de 1980 e uma neste ano, pelo Psol - à principal cadeira do Palácio da Cerâmica.

Adepto da renovação na política, Moacyr Rodrigues preferiu concluir a segunda legislatura consecutiva em 2008 e optou apoiar o genro Beto Vidosky (PSB) na corrida por uma das 12 cadeiras na Câmara. Sem sucesso, porém, já que o pupilo obteve apenas a primeira suplência do partido.

Ângelo Pavin buscou o quarto mandato, não obteve êxito e, assim, foi o único que realmente perdeu nas urnas a vaga. "Depois que a gente está morto não adianta chorar", observa com bom-humor. "Houve falhas, mas me reservo no direito de não externar", completa sobre seu insucesso. Em 2004, foi eleito pelo PPS, legenda comandada por Marquinho Tortorello. Pavin trocou de sigla no meio do mandato, pois, três meses após a posse do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) em janeiro de 2005, o chefe do Executivo rompeu com a família Tortorello e o vereador optou por se manter na base aliada. Na avaliação do petebista, a migração não o prejudicou "em nada".

Contudo, antes de deixarem a Casa, o socialista, o democrata e o petebista ainda têm uma grande missão para ser executada: votar o orçamento de 2009, o qual deve chegar à Câmara nos próximos dias.

FUTURO
O futuro político dos três parlamentares ainda é uma incógnita. Atualmente, adotam discurso parecido ao afirmarem que se dedicarão à profissão.

O oposicionista Horácio Neto continuará o trabalho de advogado e atuará politicamente como secretário de assuntos institucionais da executiva estadual do Psol. Atividade de assessoria junto ao gabinete do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) está descartada. "Sentirei saudades da Câmara", lamenta o socialista, que não definiu se sairá candidato a deputado estadual em 2010 e a prefeito novamente em 2012 -- neste ano obteve 8,84% dos votos válidos.

O situacionista Moacyr Rodrigues ressalta que "encerrou a missão" ao cumprir o segundo mandato. E não descarta voltar à política. "Não digo que encerrei, porque lá na frente não se sabe o que pode acontecer." A prioridade do democrata, entretanto, será "advogar". "Tenho meu escritório e talvez vou fazer aquilo que sempre quis e nunca tive a oportunidade, que é advogar", vislumbra o ex-promotor de Justiça, mantendo ainda cautela ao comentar uma possível participação na Prefeitura. "Não há nada nesse sentido. Meu plano maior é a advocacia."

Ângelo Pavin encarou a perda do mandato com naturalidade. Ressalta que "ainda é muito cedo" para falar da possibilidade de atuar no Executivo. O petebista manterá o trabalho em sua clínica como médico ortopedista.




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