A última hora e meia de vida do casal Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Bonita é recriada pelo diretor Amir Haddad em Virgolino e Maria – Auto de Angicos, em cartaz a partir de hoje no Tucarena, em São Paulo. A montagem chega à Capital depois de uma temporada carioca.

 Na pele dos personagens estão Marcos Palmeira e Adriana Esteves, indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz pelo papel. Mais do que tentar transmitir a tensão que os dois viveram nos momentos finais de suas vidas – Lampião e Maria Bonita foram executados na Gruta dos Angicos, sertão de Sergipe, em 28 de julho de 1938 –, o espetáculo trata com delicadeza a relação de amor e proteção mútua do casal. Muito à vontade em cena, os atores criam uma cumplicidade verdadeira.

 Pontuada por improvisos, a montagem traz momentos de humor e termina com um drama interessante. “É uma peça viva, como um jogo. Nós vamos nos adaptando a ela”, explica o ator Marcos Palmeira.

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 O cenário e os figurinos de Nello Marreze são uma atração à parte.

 As cortinas abertas mostram algo envolto em uma grande lona. Virgolino e Maria – Auto de Angicos começa com dois ajudantes literalmente desmontando o cenário, que fica amarrado a uma pilastra no centro do palco. No final, ele é remontado, como se a história que acabara de acontecer precisasse ser guardada.

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ISTO NÃO É UM CACHIMBO - A peça é inspirada na obra do pintor René Magritte, um dos ícones do surrealismo. A Cia Truks dá vida às imagens do artista. A linguagem narrativa do espetáculo, pontuada por uma trilha sonora especial, foi criada por meio de um conjunto de ações mímicas dos bonecos e da construção de imagens visuais – algumas vezes de forte impacto dramático, em outras de grande beleza plástica. A palavra é utilizada apenas em breves projeções. O espetáculo integra o projeto Viagem Teatral do Sesi.

Isto Não é Um Cachimbo. Teatro. Sesi Santo André – Pça. Dr. Armando de Arruda Pereira, 100, Santo André. Sábado e domingo às 20h. Entrada franca. (ingressos disponíveis uma hora antes)

SOSLAIO  - O espetáculo, montado pela Companhia da Mentira, será apresentado amanhã e sábado, às 20h, no Sesi Mauá. A entrada é franca. A peça, que também faz parte do Viagem Teatral, busca homenagear o cinema. Os personagens. que formam uma família, fazem um filme que não termina nunca.

 O drama teve influências do filósofo e sociólogo francês Jean Baudrillard e do autor inglês Harold Pinter. A Companhia da Mentira, criada em 2003, é formada por atores que integraram o Centro de Pesquisa Teatral (CPT), coordenado por Antunes Filho.         Roseane Castilho, Especial para o Diário

Soslaio. Teatro. Sesi Mauá – av. Presidente Castelo Branco, 237. Sábado e domingo, às 20h. Entrada franca. (ingressos disponíveis uma hora antes)

OH CALCUTTA! - A comédia da Broadway faz as últimas apresentações na região, neste fim de semana.

 Inspirada nos grandes musicais, o espetáculo envolve mais de 30 profissionais, entre atores, bailarinos, músicos, coreógrafos e equipe de criação.

 O texto, escrito em 1967, teve grande repercussão na estrpeia e aqui no Brasil nos anos 1980 pelo estilo irreverente, moderno e vanguardista. Lilio Alonso é o diretor geral da montagem brasileira.

 Os ingressos estão à venda. Ass mulheres e seus acompanhantes pagam meia-entrada, em homenagem ao mês da mulher.

Oh Calcutta! Teatro Lauro Gomes – r. Helena Jacquey, 171. Sexta e sábado, às 21h; domingo, às 18h. Ingr.: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).