Os lotéricos foram ontem a Brasília levar para o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, suas reivindicações contra a Caixa Econômica Federal. Os donos das casas alegam o baixo faturamento que as operações trazem e a falta de diálogo como banco estatal, que controla as concessões do setor em todo o País.

Segundo o presidente do Sindicato dos Lotéricos de São Paulo, Luiz Carlos Peralta, Chinaglia falou que achava que os lotéricos estavam em melhor situação por causa do grande movimento das casas, mas afirmou que vai levar em consideração as reivindicações e que nos próximos dez dias terá uma resposta sobre como será possível ajudar o setor.

“Mostramos a ele (Chinaglia) que o repasse recebido pela operação é muito pequeno e que nosso faturamento caiu muito ao longo dos anos. Ainda levamos o problema dos carros-fortes, que a Caixa quer que custeamos parte desse serviço”, conta o dirigente.

A briga dos carros-fortes começou ano passado, quando a Caixa resolveu tirar o serviço e bancar apenas uma parte desse gasto. Segundo Peralta, o que o banco estatal oferece cobre apenas 40% do custo dos veículos para transporte de valores.

“Já tentamos o diálogo com a Caixa diversas vezes, mas eles não nos atendem, não percebem as nossas necessidades. Não podemos ficar sem a segurança do carro-forte, pois somos correspondentes bancários, além de entregar diversos benefícios do próprio governo”, explica o sindicalista.