Economia Titulo Análise
Queda das commodities não é tendência, é correção
20/08/2008 | 07:16
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A recente queda verificada nos preços das commodities, inclusive as agrícolas, deve ser considerada apenas uma correção, depois dos recordes históricos atingidos ao longo deste ano, e não uma tendência a ser seguida pelo mercado. A avaliação é do diretor de commodities da Link Investimentos, Nilson Wirth Monteiro.

Ele lembra, no entanto, que esse movimento de correção já iniciado pelo mercado ainda não chegou ao fim, especialmente para os grãos, como soja, milho e trigo. "Os grãos terão manutenção de preços daqui para frente com viés de queda. Já os mercados de açúcar e café, que não tiveram uma grande apreciação nos últimos 12 meses, têm potencial para um crescimento maior", disse Monteiro.

Em relação ao movimento de liquidação de posição de alguns fundos, o corretor garante que a presença dos investidores ainda será perceptível. "Volatilidade ainda será o nome do mercado de commodities para os próximos anos", disse Monteiro.

Para ele, o ciclo de alta das commodities ainda não chegou ao fim e deve estar próximo da metade, considerando o histórico desses ciclos. "Não aceito o argumento de que exista uma bolha no mercado de commodities. O mundo vai continuar melhorando os padrões alimentares e Índia e China vão continuar demandando as commodities do Brasil", disse.

Sobre o temor inflacionário que ainda existe nos Estados Unidos, Monteiro disse que os dados da economia daquele país ainda são divergentes. Em sua avaliação, os americanos têm um problema inflacionário a ser resolvido, mas não é possível identificar sinais claros de uma recessão.

"O Banco Central dos Estados Unidos tem um grande problema: favorecer a retomada do crescimento econômico ou controlar a inflação. A leitura do que o Fed irá fazer será o sinal para o mercado atuar em relação às commodities."




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