Economia Titulo IBGE
Produção de máquinas tem crescimento vigoroso
Das Agências
02/08/2008 | 07:13
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A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos), que sinaliza o comportamento dos investimentos, apresentou índices vigorosos segundo o levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Cresceu 7,7% em junho em comparação a maio; 20,3% na comparação com junho do ano passado; e 17,1% no primeiro semestre.

"O resultado do primeiro semestre confirmou o padrão de crescimento da indústria ao longo deste ano,com o maior dinamismo vindo dos setores produtores de bens de capital e de bens de consumo duráveis", disse.

Os resultados da produção de bens de capital "vão jogar a favor" da taxa de investimento, medida pela FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre de 2008, segundo Sales. Ele lembrou que os dados da FBCF serão impulsionados por bens de capital e também pela construção civil, que "vem mostrando uma arrancada".

Sales destacou também que o forte crescimento da categoria de bens de capital no primeiro semestre ocorreu sobre uma base já muito elevada do primeiro semestre de 2007, quando houve expansão de 16%. De acordo com o coordenador, os bens de capital vêm registrando um aumento generalizado de produção, o que torna "saudável" o atual ciclo de crescimento industrial. "Esses resultados mostram uma ampliação da oferta da indústria para atender à demanda", observou.

Segundo a pesquisa do IBGE, todos os subsetores ligados à indústria de bens de capital apresentaram taxas positivas de crescimento.

Outros segmentos que tiveram desempenho bom, mas abaixo da média semestral de 6,3%, foram os de bens intermediários (5,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (1,7%).

O ramo de calçados e artigos de couro teve variação negativa de 3,9%, perfumaria, sabões e produtos de limpeza caiu 3,1%, fumo, 4,1%, e refino de petróleo e produção de álcool recuou 0,3%.

Para diretor do Ciesp, índice pode ser reflexo de vendas passadas

Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC

O diretor titular do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), de São Bernardo, Hitoshi Hyodo, alerta que parte do bom desempenho do setor de bens de capital pode ser conseqüência de pedidos fechados há um ano, um ano e meio atrás, quando as expectativas econômicas eram melhores.

"Devemos ter em mente que máquinas e equipamentos não são produtos de prateleira de forma que os pedidos são feitos com meses de antecedência. Em outras palavras, parte do índice apurado no primeiro semestre pode ser reflexo do que aconteceu no ano passado", comentou Hyodo.

Para o executivo, a grande pergunta é: "Será que hoje estão entrando novos pedidos para serem entregues nos próximos meses? Em qual proporção?".

Hyodo prevê que a indústria vai continuar a crescer no segundo semestre, mas num ritmo menor. "Há um ceticismo por conta de problemas externos que acabam por impactar nos negócios locais".

Tupi instiga enxurrada de projetos Estados iniciam a disputa por royalties vindos da exploração de petróleo

Uma enxurrada de propostas para alterações na forma de distribuição dos royalties do petróleo invadiu Brasília após o anúncio das descobertas na Bacia de Santos.

Somente este ano, os senadores apresentaram dez projetos de lei com assuntos relacionados a royalties e participações especiais. Na Câmara, foram dois e mais de uma dezena de requerimentos com solicitações de depoimentos e esclarecimentos a respeito do tema.

O projeto mais polêmico é o do deputado Beto Mansur (PP-SP), que, se aprovado, poderá transferir para São Paulo os royalties de Tupi, cuja arrecadação pode superar US$ 10 bilhões por ano, de acordo com as projeções mais otimistas para o campo.

O parlamentar, que foi prefeito de Santos por duas vezes, quer mudanças nos critérios de distribuição dos royalties. Ele propõe uma redefinição das linhas divisórias entre Etados e municípios costeiros, utilizadas no cálculo dos royalties.

O decreto nº 01/91, que regulamentou a Lei 7.990/89, determina que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) defina os limites interestaduais na plataforma continental. Para isso, o órgão adotou o "método das linhas de base reta", buscando uma representação do desenho geográfico da costa brasileira.




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