Setecidades Titulo Saúde
Região pedirá ao Estado
hospital com 250 leitos

As cidades solicitarão também unidade da Rede Lucy Montoro;
os leitos seriam para longa permanência de pacientes crônicos

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
20/02/2013 | 07:00
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O Consórcio Intermunicipal pleiteará junto ao governo do Estado a implementação de unidade do centro de reabilitação Lucy Montoro na região, além de hospital de retaguarda com 250 leitos para longa permanência de pacientes crônicos.

As demandas integram lista de reivindicações que serão apresentadas em reunião que será solicitada junto ao secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri.

Conforme explicou o coordenador do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde, Arthur Chioro, a unidade de reabilitação é importante também para o fornecimento de próteses a pessoas com deficiência e para tratamento de vítimas de acidentes e pacientes com mobilidade reduzida. A Rede Lucy Montoro é composta por 18 unidades fixas e uma móvel, espalhadas pelo Estado.

No caso do hospital de retaguarda, que seria gerenciado pelo Estado, a ideia é que os leitos desafoguem os demais centros de Saúde da região. Segundo Chioro, a determinação do local para instalação do equipamento será possível após análise de terrenos e áreas disponíveis entre os sete municípios.

Além dos dois equipamentos, a lista de demandas é composta por itens já conversados entre Consórcio e Estado, mas que devem ser retomados por, segundo Chioro, não terem avançado.

Um dos casos é a regulação dos serviços de consulta e exames ofertados pelos hospitais Serraria, em Diadema, e Mário Covas, em Santo André, e AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) em Mauá e Santo André. De acordo com Chioro, estudos apontam a necessidade de investimento de R$ 14 milhões por ano para ampliação dos serviços.

Outro assunto é a implantação do serviço de referência em atendimentos de traumaortopedia, neurocirurgia e cirurgia vascular no Hospital Mário Covas. Anunciado em maio e com investimento garantido de R$ 6 milhões por parte do Ministério da Saúde, o plano não avançou.

A descentralização da Farmácia de Alto Custo, localizada no Hospital Mário Covas, para demais equipamentos do Estado também está na pauta regional. Outra cobrança é em relação à aquisição de equipamentos para atendimento nas 136 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região. Os R$ 5 milhões serão repassados pelo Ministério da Saúde.

OUTRO LADO

A Secretaria de Estado da Saúde esclareceu que serão destinados R$ 233,4 milhões para garantir o atendimento à população em 2013 nos equipamentos localizados na região e que esse valor poderá ser complementado ao longo do ano, de acordo com os investimentos extras que podem ser liberados pela Pasta.

O Hospital Mário Covas realiza média anual de 165 mil consultas médicas e 37 mil exames, enquanto que o Serraria faz média anual de 103 mil consultas médicas e 41 mil exames. Sobre a mudança de perfil da unidade de Santo André, a Pasta esclarece que o projeto está em fase de estudo.

No ano de 2012, o AME Santo André, realizou 43 mil consultas médicas e 7.800 exames e o AME Mauá - implantado no fimde 2011 - realizou em seu primeiro ano de funcionamento 41,5 mil consultas e 81,9 mil exames internos.

A secretaria destacou que cabe às UBSs a organização de agendamentos para consultas e exames nas unidades estaduais da região, de acordo com as vagas disponibilizadas.

A secretaria informou, ainda, que as demais propostas realizadas pelo Consórcio Municipal serão avaliadas.

GT apresenta plano de carreira médica em 60 dias

O GT (Grupo de Trabalho) de Saúde do Consórcio Intermunicipal promete apresentar em 60 dias proposta de gestão do trabalho médico na região. A ideia é construir plano regional que estabeleça estruturação da carreira dos profissionais da Saúde entre as sete cidades.

De acordo com o coordenador do grupo, Arthur Chioro, a preocupação é produzir estratégias harmônicas para que os municípios consigam manter seus profissionais sem perda de qualidade nem disparidade entre os salários de uma cidade para outra.

A elaboração do plano deverá contar com a participação da Fundação ABC. "Talvez tenhamos que estender essa discussão para os demais municípios da Grande São Paulo até porque essa questão já foi destacada pelo ministro Alexandre Padilha como preocupação nacional", observa.

Em visita a Santo André na sexta-feira, Padilha defendeu a criação de mecanismos que possam estimular a permanência dos médicos na região. O ministro reconheceu que a falta de profissionais é o principal problema das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), construídas com verba do governo federal e mantidas pelas prefeituras. A região conta com 17 unidades do tipo.




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