A revelação de que deu positivo o resultado do exame de contraprova do volante Rodrigo Souto, colhida após o jogo contra o San José, em Oruro, na Bolívia, pela Libertadores, caiu feito uma bomba na terça-feira no Santos.

O clube, que passa por crise financeira e ocupa a penúltima posição na tabela do Campeonato Brasileiro, foi notificado pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol). Assim que recebeu a notícia, durante o treino da manhã, o jogador cobriu o rosto com as mãos e chorou.

A informação sobre o resultado positivo do primeiro exame foi comunicada ao Santos há dez dias, mas o clube fez silêncio. A análise da contraprova aconteceu na última sexta-feira. Ao ser perguntado sobre qual seria a substância, o gerente jurídico do clube, Mário Mello, disse: "Parece que foi cocaína."

O clube, completou, ainda não preparou linha de defesa, pois não sabe se o jogador será suspenso preventivamente e se será julgado pela Conmebol ou pela Fifa.

Segundo Mello, Rodrigo Souto é o jogador do Santos que mais fez exames antidoping neste ano. "Foram seis, sete ou oito vezes, não me lembro. E nunca deu nada. Em uma conversa que tivemos, ele me garantiu que não se lembra de ter comido ou bebido nada de diferente."

Em março, o volante quase foi negociado com Lokomotiv, de Moscou, por seis milhões de euros. O jogador se desfez até do apartamento em Santos e, quando se preparava para o embarque, foi informado que os russos desistiram do negócio.

Reforços - Os meias Micheal, ex-Palmeiras, e Maikon, contratado ontem do Santo André, já treinaram com o restante do elenco. Após realizarem exames médicos, ambos foram integrados e apresentados ao grupo.

Como o contrato do volante Marcinho Guerreiro está próximo do final - ele está emprestado pelo Arsenal de Kiev, da Ucrânia, até o final de agosto -, o Peixe corre atrás de um jogador para a posição. Roberto Brum, revelação do Fluminense que está jogando no Sporting Braga, de Portugal, é o preferido.