A liderança isolada da Série B do Campeonato Brasileiro não fez a Fiel esquecer o vexame do rebaixamento em 2007 e a derrota diante do Sport na final da Copa do Brasil, no início do mês. Na terça-feira, durante o último treino da equipe antes do confronto desta quarta, às 21h50, contra o Bragantino pela oitava rodada da Segundona, os torcedores protestaram no Parque São Jorge. A partida será no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, e terá transmissão da Globo.

Os principais alvos da torcida eram o ex-presidente Alberto Dualib e o seu vice Nesi Curi. Estava prevista para ontem à noite reunião do Cori (Conselho de Orientação e Fiscalização), que trataria da situação dos dois. A torcida pede a expulsão de ambos do quadro de associados do clube.

Mas também sobraram protestos para os jogadores. Os mais criticados foram Felipe e Fábio Ferreira. O zagueiro foi acusado por vizinhos de, no ano passado, junto com Zelão, promover festas em seu apartamento que varavam a madrugada. Cachaça + balada = derrota mostrava uma cartolina levantada por um torcedor ontem no Parque São Jorge. O jogador também ouviu o coro "Não é mole, não! Tem cachaceiro jogando no Timão! Fábio Ferreira!"

 Já o goleiro Felipe foi criticado pela falha no segundo gol do Sport na decisão da Copa do Brasil. "Não é mole, não! Tem pipoqueiro jogando no Timão! Felipe!"

Outro alvo da ira dos torcedores foi o meia Lulinha. "Vamos jogar bola, Lulinha!", gritaram.

O técnico Mano Menezes reprovou a atitude da torcida, mas procurou não criar polêmica sobre o assunto. "Não vou alimentar esse tipo de coisa. Todos sabem a minha opinião sobre isso. É ruim trabalhar em um ambiente como esse, ouvindo coisas negativas", disse.

O treinador, inclusive, reconheceu que não há muito o que se fazer em situações como essa. "O protesto é de uma facção de torcida. Respeito, mas não aprovo. O Corinthians é assim e me preparei para conviver com isso. Você não pode mudar um clube", afirmou. "Também não tenho nada contra assistirem ao treino".