Ainda sem poder utilizar o novo prédio da Câmara de São Bernardo, os vereadores vão participar pela segunda vez consecutiva de sessão em espaço improvisado. Hoje os trabalhos legislativos serão realizados na sede da Associação dos Funcionários Públicos, no Centro. Na semana passada, a plenária ocorreu no auditório da Faculdade de Direito, no bairro Jardim do Mar.

O presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), espera conseguir na semana que vem o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) para utilizar o novo espaço.

Mas, se isso não ocorrer, um outro local será providenciado. O Cenforpe (Centro de Formação de Professores), no bairro Planalto, é um dos cotados.

"Não realizaremos sessão no novo prédio sem autorização dos bombeiros", sustentou o chefe do Legislativo. O petista disse que a Câmara já se adequou a todas as exigências feitas pelas autoridades, como a instalação de sprinklers (chuveiros automáticos contra incêndio), extintores e mangueiras para combate ao fogo. "Encaminhamos ofício aos bombeiros reiterando que cumprimos todas exigências para liberação do local", completou Tião.

A reforma do prédio da Câmara foi idealizada pelo antecessor de Tião na presidência da Casa, Hiroyuki Minami (PSDB). A construção foi orçada inicialmente em R$ 28,4 milhões e prevista para encerrar em novembro de 2012, o que não aconteceu. A previsão é que a construção termine em 30 de março, ao custo final de R$ 35 milhões.

Mesmo inacabado, o prédio foi inaugurado por Minami em 12 de dezembro e utilizado uma semana depois, na diplomação do prefeito, Luiz Marinho (PT), do vice, Frank Aguiar (PTB), e dos 28 vereadores eleitos.

FICHA LIMPA MUNICIPAL

Está na ordem do dia da sessão de hoje o projeto de lei do vereador Paulo Dias (PT) que estabelece Ficha Limpa municipal para os servidores da administração direta e indireta.

A propositura foi arquivada em 2010, mas voltou à pauta na semana passada, após a aprovação do requerimento do petista pedindo o desarquivamento da matéria, contando com apoio até mesmo da oposição.

Instituir a Ficha Limpa municipal é a principal bandeira dos oposicionistas. O vereador Pery Cartola (PPS) protocolou em janeiro projeto exigindo a norma para todos os funcionários comissionados do Executivo e Legislativo.

O popular-socialista mantém sua propositura, alegando que a proposta do governista tem indícios de inconstitucionalidade.