Os trabalhadores da Sabesp decidiram cruzar os braços na sexta-feira e sair pelas ruas da capital em protesto contra a demissão de mais de 2.500 funcionários.

As dispensas são uma exigência do MPT (Ministério Público do Trabalho), que quer o desligamento dos contratados entre 1988 e 1992 sem concurso público.

"Ainda não sabemos se a greve deve continuar nos próximos dias. Isso vai depender da decisão dos trabalhadores na assembléia após a passeata pelo Centro de São Paulo. Queremos explicar para a população o que está acontecendo", afirma Rene Vicente dos Santos, diretor de Imprensa do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo).

Na paralisação deve ser mantido apenas o mínimo dos funcionários em atividade para que o serviço não seja interrompido.

De acordo com o dirigente, a Sabesp ainda não assinou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPT, mas a data limite é o dia 16 deste mês. "Não queremos que assine. Queremos que os trabalhadores sejam anistiados, pois se forem demitidos esses não poderão ficar sem seus direitos e ainda haverá prejuízo nos serviços", conta Santos.

Os trabalhadores da Cetesp - que apresenta funcionários na mesma situação e assinou o TAC em 2005 - também participarão da mobilização, mas não paralisarão as atividades.

Para o sindicato, os funcionários que podem ser demitidos entraram na empresa, na época, conforme seleção exigida no período. "É uma injustiça, pois o trabalhador é o lado mais fraco nessa história", lamenta o dirigente.