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Muito passageiro para pouco barco

A cúpula do PT no Estado de São Paulo fez os cálculos sobre o potencial do partido na eleição

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
20/09/2014 | 07:09
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A cúpula do PT no Estado de São Paulo fez os cálculos sobre o potencial do partido na eleição proporcional. Na corrida por vaga na Câmara Federal, a previsão para o Grande ABC pode ser vista por três óticas. Primeiro, vamos aos números. São três candidatos que por coincidência concorrem à reeleição: Vicentinho (São Bernardo), Vanderlei Siraque (Santo André) e Helcio Silva (Mauá) – os dois últimos eram suplentes, mas assumiram o mandato no meio. Para a direção estadual petista, dos três apenas dois terão sucesso nas urnas. E aí vêm as três análises. A primeira, positiva: de três eleger dois é um bom resultado. Ainda mais levando-se em conta que apenas um, de fato, conseguiu cadeira cativa em 2010. A segunda, realista: esse é o quadro verdadeiro e qualquer coisa diferente disso é utópico. A terceira, pessimista: a região onde o PT nasceu possui 2 milhões de eleitores e o partido poderia garantir mais vagas de deputado federal. O Grande ABC, nas contas da cúpula paulista da sigla, está inserido num cenário geral, que não é dos mais satisfatórios. O candidato a governador, Alexandre Padilha (PT), vai mal nas pesquisas e não turbina os proporcionais. Também leva-se em consideração a ausência de bons puxadores de votos da legenda na eleição deste ano, como José Genoino, João Paulo Cunha, Jilmar Tatto, José de Filippi Júnior, Ricardo Berzoini, entre outros. Hoje a bancada de 16 parlamentares petistas que representam São Paulo no Congresso vai diminuir em ao menos três cadeiras. Uma delas da região. É muito passageiro para pouco espaço no barco.

Vice do Psol
Candidato a deputado estadual, Horácio Neto (Psol) faz hoje caravana por diversos bairros de São Caetano, com concentração no Centro da cidade. Ricardo Alvarez, pleiteante a federal, vereador de São Paulo Toninho Vespoli e o vice na chapa presidencial encabeçada por Luciana Genro (Psol), Jorge Paz, acompanham o ex-vereador são-caetanense.

Tumulto
Atividades de campanha com presença de políticos ilustres costumam ser tumultuadas. O ato da presidenciável Marina Silva (PSB), ontem, em São Bernardo, não foi diferente. Mas a bagunça foi um pouco pior do que o normal. Quem sofreu mais foi o ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin (PSB). Candidato a deputado federal, ele chegou um pouco atrasado no evento. Quis subir no caminhão de som onde estava a candidata ao Planalto. Houve confusão. Teve quem defendeu o socialista. “Ele é nosso candidato, da nossa região. Tem de subir”, bradou uma senhora. Teve quem criticou. “Foi prefeito de Santo André e não fez nada. Não deveria nem estar aqui”, frisou um homem. No fim, no fim mesmo, com o discurso de Marina encerrado, Aidan conseguiu subir no caminhão.




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