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Jeep Cherokee chega com novo visual e boa dose de emoção para aventuras no fora de estrada

Vagner Aquino
Enviado a Atibaia (SP)
16/09/2014 | 19:44
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Divulgação


 Os fãs da Jeep que sonhavam em ter um carro da marca pagando menos que os cerca de R$ 220 mil pedidos por um Grand Cherokee tinham poucas opções. Na verdade, restavam Compass e Wrangler, mas este último já pertence a um outro tipo de público. Como nem todo mundo tem essa grana extra, a marca trouxe de volta o Cherokee – extinto desde o ano passado, quando em quarta geração. Já nas revendas, a versão Limited (que será responsável por 60% das 100 unidades mensais previstas pela marca) custa R$ 174,9 mil.

Ao contrário de muitos modelos que se vê hoje em dia, aqui não foi feita apenas uma plástica. A reformulação foi total. Na linha 2015, o Cherokee ganhou visual totalmente novo. Há quem diga que a dianteira recebeu linhas de gosto duvidoso – culpa do conjunto ótico dividido em três partes, onde se destacam as luzes diurnas de LED na posição superior.

O fato é que, sem contar a grade com sete aberturas, o modelo perdeu a essência de Jeep. Aquele visual quadradão ficou para trás, dando ares de carro sul-coreano à traseira, com lanternas (LED) puxadas e em posição alta.

Por dentro o pessoal de design também mexeu em tudo. Além do visual, o habitáculo ganhou em texturas, comodidade e tecnologia. Sistemas como chave presencial, bancos ventiláveis e tela touch screen de 8,4 polegadas que reúne todo o sistema de entretenimento (além de climatização, aquecimento dos bancos dianteiros, navegação GPS e telefone) são de série desde a versão de entrada Longitude, que chegará às revendas apenas no fim do ano, junto com a topo de linha Trailhawk. Respectivamente, custarão R$ 159,9 mil e R$ 189,9 mil.

O porta-malas é grande o suficiente para as malas de todo mundo. Tem 500 litros de capacidade máxima. E os bancos dianteiros reclinam para ajudar na organização quando houver um objeto um pouco maior. Aliás, porta-objetos estão por toda parte, inclusive sob o banco do passageiro dianteiro – ótimo para carregar miudezas.

CIDADE E ESTRADA
Mesmo com jeitão de urbano, o Cherokee Limited deixou claro que não tem medo do perigo. Durante o percurso do test-drive escolhido pela Jeep, haja buracos, pedras e terra. Mas o parrudo venceu tudo com maestria. Graças à tração 4x4 Active Drive I, com unidade de transferência de força totalmente automática. O controle de tração Selec-Terrain também se faz presente.

O bom ângulo de entrada (18,9 graus) permite que o modelo enfrente os obstáculos sem grandes preocupações. Esses são os frutos de ser um carro originalmente utilitário, e não um veículo comum com pinta de aventureiro.

No asfalto também merece elogios. O nível de ruído é muito baixo, e o (novo) motor 3.2 V6 Pentastar de 271 cv (e 32,2 mkgf de torque) não vê dificuldades em botar para andar um modelo com quase 2.000 quilos. A leveza da direção com assistência elétrica ajuda bastante nas manobras, já a suspensão merecia um pouco mais de rigidez. Dependendo do trecho, o sacolejo chega a incomodar.

Outro ponto que destoa é o câmbio. Por ter nove velocidades, a caixa automática poderia ser mais esperta. Para exigir menos do motor, melhor trocar as relações através do modo sequencial. Mas isso só na alavanca. Nada de borboletas atrás do volante.




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