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Imobiliária amplia oferta como estratégia para ganhar mercado

Em tempos de economia na marcha lenta, em que o consumidor adia compra, aposta é conscientizar proprietários e oferecer preços menores

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
14/09/2014 | 07:29
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Andréa Iseki/DGABC


Crise, muitos dizem, é oportunidade. Isso porque, quando a demanda pelo consumo diminui, postergada por incertezas sobre os rumos da economia, os preços igualmente caem, o que propicia ambiente favorável à negociação e à aquisição do produto desejado desembolsando menos. Pensando nisso, o proprietário da Colicchio Imóveis, Miguel Colicchio Neto, conhecido como Guta, resolveu apostar no incremento de sua carteira imobiliária, com oferta de casas e apartamentos para venda e locação 30% superior em relação ao início do ano. “Com leque maior de opções, é mais difícil não ter o que o cliente procura”, afirma.

Situada em Santo André, a Colicchio – que está há 30 anos no mercado – foca sua atuação no município, com alguns imóveis em São Bernardo e São Caetano.

Guta destaca que, embora a economia caminhe a passos lentos, há a oportunidade de fechar bons negócios, já que os preços estão, em média, 20% mais baixos do que um ano atrás. “Temos um trabalho de conscientizar os proprietários de que a realidade para o mercado imobiliário é bem diferente da do ano passado. E que precisamos ajustar os preços pedidos pelos imóveis a essa nova realidade, senão, fica mais difícil a venda ou mesmo a locação”, diz. “Até porque, os valores que vinham sendo praticados estavam sendo estimulados pela vinda de muitas construtoras de São Paulo para o Grande ABC, que pagam mais caro pelo metro quadrado. Isso viciou o mercado da região, que vai precisar de um tempo para acomodar os preços novamente.”

O empresário cita exemplos de imóveis que estão com custo reduzido, ou com valores mais próximos à realidade, destaca. Um deles é apartamento na Vila Homero Thon, de 60 m², que custava R$ 300 mil e, hoje, é ofertado por R$ 230 mil. Outro, na Vila Alpina, de 70 m², era avaliado em R$ 450 mil e, hoje, em R$ 320 mil. No Campestre, um de 140 m² que valia R$ 700 mil hoje é encontrado por R$ 500 mil. E o mesmo vale para o mercado de luxo. Imóvel de 227 m² no bairro Jardim, que custava R$ 1,8 milhão, sai por R$ 1,3 milhão.

“Por isso também temos investido na divulgação da imobiliária e das oportunidades. Quem não é visto, não é lembrado”, avalia.

Todas as estratégias têm a intenção de reduzir o tempo necessário para vender um imóvel. Em períodos sem crise basta um mês, em média. Hoje, leva de cinco a seis meses, podendo chegar, inclusive, a um ano.

O que tem chamado a atenção de Guta é o fato de, hoje em dia, mesmo compradores de alto padrão estarem considerando o preço do condomínio antes de efetuar a compra. “Agora, é fundamental na hora da decisão. Antes, quase ninguém se importava com esse custo.”

Embora em 2013 a imobiliária tenha registrado crescimento de 15% em seu faturamento, o qual não revela, o resultado deste ano ainda é uma incógnita. “O mercado precisa reagir. É isso que vai determinar nosso desempenho”, diz. De qualquer maneira, “imóvel ainda é o melhor investimento, mesmo num momento ruim da economia, de recessão”, garante.  




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