Esportes Titulo Corrupção
Revista acusa Fifa de vender Copa
Das Agências
30/01/2013 | 07:07
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A revista francesa France Football publicou reportagem ontem em que acusa a Fifa de ter vendido a Copa do Mundo ao Catar. O país teria conquistado o direito de sediar o Mundial em 2022 após comprar votos de dirigentes da entidade, como o brasileiro Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e ex-integrante do Comitê Executivo da Fifa.

Também estariam envolvidos o presidente da AFA (Associação de Futebol da Argentina), Julio Grondona, e o paraguaio Nicolás Leoz, presidente da Conmebol, no escândalo que a revista chamou de ‘Catargate', em referência ao caso de corrupção que derrubou o presidente Richard Nixon nos Estados Unidos.

O Catar conquistou o direito de receber a Copa em 2010, em votação que contou somente com votos dos integrantes do Comitê Executivo da Fifa. Na época, a escolha do pequeno país sem tradição no futebol, em detrimento dos Estados Unidos, causou polêmica.

A prestigiada revista não apresenta provas concretas sobre a eventual corrupção na escolha da sede da Copa de 2022. Mas reúne indícios que levantam suspeitas sobre os votos do Comitê Executivo.

Antigo integrante deste restrito grupo, Teixeira é acusado pela France Football com base em valores negociados com o Catar para receber o amistoso entre Brasil e Argentina, em 2010, antes portanto da escolha da sede de 2022.

Segundo a publicação, a CBF recebia em média US$ 1,2 milhão por jogo da Seleção. Mas, para disputar o amistoso no Catar, a entidade teria embolsado US$ 7 milhões.

A revista ainda destacou que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, em março do ano passado, para se ‘exilar' na Flórida e "escapar dos múltiplos casos de corrupção que o perseguem."

Entre outros nomes citados na reportagem, a France Football levanta suspeitas sobre Sandro Rosell, ex-diretor da Nike e atual presidente do Barcelona, e até sobre o atual presidente da Uefa, o ex-jogador francês Michel Platini.

Platini rebateu as acusações e ameaçou processar a publicação. "Eu me reservo o direito de processar qualquer um que questione a minha integridade neste voto", declarou o ex-jogador da seleção francesa. Já Grondona disse que se sente cansado, mas que não pode sair imediatamente para não perder o cargo de vice-presidente da Fifa.




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