O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, previu ontem, no Fórum Econômico Mundial, que a Europa voltará a crescer no segundo semestre. Entrevistado por John Lipsky, ex-diretor-gerente interino do Fundo Monetário Internacional (FMI), Draghi traçou um panorama animador do processo de superação da crise na zona do euro, mas admitiu que o crescimento continua um problema.

Referindo-se ao complexo (e até agora bem-sucedido) processo de reestabilização financeira na área da moeda única, Draghi declarou: "Estamos satisfeitos, mas o veredicto ainda não saiu, porque não vimos um momento igual no lado real (da economia) - temos de fazer mais".

Segundo o presidente do BCE, "2012 foi um ano interessante, que será lembrado como o relançamento do euro". Ele disse que os governos da zona do euro merecem receber o crédito pelos "progressos extraordinários" em consolidação fiscal e reformas estruturais. Isso já está refletido, prosseguiu, em superávits em conta corrente em alguns países e melhores posições fiscais.

Ele ressaltou a importância da reunião de cúpula da União Europeia (UE) de junho e disse que em 2012 decisões foram tomadas com datas para serem cumpridas, o que mostra evolução ante a indecisão e as iniciativas confusas que caracterizaram boa parte da reação das autoridades europeias desde o início da crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.