Candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Paulo Skaf aposta em discurso contraditório para tentar provocar segundo turno na disputa. O peemedebista se coloca como alternativa à polarização PT-PSDB, sendo que é o principal adversário do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e como “novo caminho”, mesmo estando filiado a um partido que teve três gestões no Palácio dos Bandeirantes.
O pleito está polarizado entre Alckmin, que tem 47% das intenções de voto, e Skaf que aparece com 23%, além de Alexandre Padilha, que tem 7%, de acordo com levantamento do Ibope divulgado na terça-feira. Se confirmado, o cenário garantiria vitória do tucano dia 5 de outubro, no primeiro turno da eleição.
“As coisas começaram mesmo há pouco mais de duas semanas. Em campanha, três semanas e meia, um pouquinho mais, é bastante tempo com rádio, televisão, internet, debates, para as pessoas perceberem que têm um novo caminho que não é nem PT nem PSDB”, afirmou o candidato do PMDB, partido que governou o Estado com André Franco Montoro (1983-1987), Orestes Quércia (1987-1991) e Luiz Antônio Fleury Filho (1991-1995).
Skaf pediu votos ontem durante o 12º Festival Okinawa, organizado pela comunidade nipo-brasileira na Praça Haroldo Daltro, na Vila Carrão, na Zona Leste. Ao abordar eleitores, o peemedebista ouviu reações positivas e negativas, já que o local é reduto de candidatos de origem japonesa que também fazem parte de outras coligações. “Temos 76 candidatos nipo-brasileiros, mas convivemos em harmonia”, disse o deputado estadual Jooji Hato (PMDB), que guiou a visita ao evento.
Entre fotos e cumprimentos, Skaf parou em uma barraca de bebidas alcoólicas e degustou três doses de licor japonês. Tanto aprovou o drinque que saiu de lá com uma garrafa, que custou R$ 40.