Candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha criticou a polarização do pleito entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf (PMDB). O tucano aparece com 47% das intenções de voto, o peemedebista tem 23% e o petista, 7%, segundo pesquisa divulgada anteontem pelo Ibope.

“Fiquei indignado de ver os dois candidatos disputando um campeonato de quem governou pior o Estado de São Paulo. A disputa é quem quebrou o Banespa e quem vendeu o Banespa para o Santander a preço de banana. A disputa é de quem batia nos professores, quem pagava mal antes e quem paga mal agora. Deveriam estar discutindo os problemas e quais são as soluções”, apontou Padilha sobre o tom dos programas de Alckmin e Skaf exibidos no horário eleitoral da televisão.

Padilha tem sido aconselhado por setores do PT e pelo próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a elevar o tom contra a gestão tucana para tentar evoluir em sondagens eleitorais. “A estratégia é a mesma. É lógico que estratégia calibrada, porque começam os debates, o horário eleitoral está mais presente, a população está ouvindo mais”, disse o candidato, evitando revelar postura de campanha até o dia da eleição, em 5 de outubro.

Ala mais fiel à campanha de Padilha, as centrais sindicais CUT (Central Única dos Trabalhadores) e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) prometeram intensificar os pedidos de voto para garantir “arrancada final” ao petista. Ontem, houve inauguração ontem de comitê sindical na Rua Rui Barbosa, Bela Vista, na Capital.

“Padilha, você está chegando com 7% nas pesquisas e vamos lhe fazer o próximo governador de São Paulo. Esse comitê não será só para nos encontrarmos e fazermos discussão política, mas para pegarmos materiais de campanha e pedirmos voto. Vamos acordar, tomar café, almoçar e jantar pensando Padilha”, discursou Adi dos Santos, presidente estadual da CUT.

O candidato petista reforçou o coro por reforço dos sindicalistas e comparou a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes a uma campanha por aumento salarial. “Vocês sabem que se não começar forte uma campanha salarial não consegue-se um bom acordo.”

Vice-presidente da CTB e número dois na chapa da Padilha, Nivaldo Santana (PCdoB) convocou a categoria por mudanças. “Esse Estado está há 20 anos sobre o descontrole dos tucanos. Sei que a vitória virá da força da militância.”