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Informações divulgadas no Facebook sobre estupros em Sto.André são falsas

Criminoso fez uma vítima e ainda não teve identidade nem placa de carro revelada

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
04/09/2014 | 07:00
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Os casos de estupros de Santo André que vem sendo compartilhados no Facebook estão aterrorizando os usuários da rede. Porém, o que essas pessoas não sabem é que as informações veiculadas são falsas.

Ao contrário do que é dito na rede social (que até 12 mulheres já foram vítimas do criminoso), a Polícia Civil esclarece que aconteceu apenas um crime de estupro, no dia 19 de julho.

“Foi um caso isolado, com uma adolescente de 16 anos que foi violentada na Rua João Pessoa, quando voltava da escola, por um homem armado com uma faca. Como aconteceram outros estupros na mesma época, que já foram solucionados, as pessoas criaram boatos”, declarou o chefe de investigação do 2º DP (Camilópolis), Edgar Melo.

As duas fotos que também estão circulando no Facebook são falsas. “Não temos foto do suspeito, apenas um retrato falado feito pelo perito. Além disso, já vi que uma das imagens que estão compartilhando é de um rapaz branco com barba, sendo que a vítima já relatou que o criminoso é negro e tem entre 25 e 35 anos ”, explicou o investigador.

Outra informação errada está relacionada ao carro do criminoso. “Foi identificado um Gol bolinha na cor branca, mas, ao contrário do que está no Facebook, não conseguimos identificar o número da placa nem a cidade a qual pertence.”

Além de gerar onda de pânico, os boatos atrapalham as investigações. “Todos os dias vejo pessoas divulgando mais vítimas nas redes sociais e até no meu perfil, mas ninguém dá qualquer informação que ajude a polícia. Além disso, houve registro de um rapaz que foi perseguido só por causa do Gol branco. Tudo isso atrapalha o andamento do caso”, afirmou.

Segundo o investigador, foram levados até o DP mais de 12 suspeitos, que a vítima não reconheceu. “Isso gera um imenso desconforto para o inocente, que tem que passar por isso, e para a vítima, que precisa reviver o momento terrível que passou.”

Quem tiver qualquer informação sobre o caso pode ligar para o Disque-Denúncia no número 181. A identidade é preservada. A equipe do 2º DP também está disponível para esclarecimentos sobre o caso. 




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