Candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha disse que não terá postura autoritária com o Ministério Público e prometeu, se eleito, retirar proposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de reestruturação da carreira para Procuradoria Geral de São Paulo, que tramita na Assembleia Legislativa. Segundo o petista, a intenção é debater o tema com a categoria.

Para Padilha, o atual projeto que mantém nas mãos do governador a decisão final sobre a nomeação do chefe da procuradoria “é autoritário”. “Podem contar comigo como um parceiro. Não vou ter postura autoritária”, disse Padilha, ontem, na sede da secção paulistana da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no bairro da República. O evento foi organizado pela entidade em parceria com a Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) e a APMP (Associação Paulista do Ministério Público).

O candidato centrou o discurso em buscar auxílio para sanar impasse com precatórios e agilizar decisões no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). “Um terço dos presos não teve pena definida, só provisória. Tem muita gente que poderia estar trabalhando para a comunidade. Temos de estabelecer exatamente o modelo que foi feito com a União na questão dos precatórios, que consegue tratar rapidamente o processo administrativo e fazer o pagamento.”

Seguindo conselhos de seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padilha subiu o tom contra a administração de Alckmin. “Em ano da eleição começa a fingir que tem novas medidas como o Detecta (central inteligente de monitoramento por câmeras), volume morto do Cantareira e inauguração de monotrilho.”