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Prestes Maia terá
barreira antipedestre

Obstáculo será colocado até o final do ano em avenida de
Santo André; estimativa é que toda a obra custe R$ 1,7 mi

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
22/01/2013 | 07:00
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Até o final do ano, a Prefeitura de Santo André irá instalar barreira com 300 metros de extensão no canteiro central da Avenida Prestes Maia, na altura do Núcleo Tamarutaca. O objetivo é impedir a travessia de pedestres fora da passarela que será construída sobre a via. A estimativa é que toda a obra custe R$ 1,7 milhão e o contrato seja assinado ainda neste semestre.

O obstáculo terá o mesmo modelo adotado em rodovias - bloco de concreto com cerca de 80 centímetros de altura e, em cima, alambrado. O secretário de Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, explica que o muro terá leve inclinação, o que proporcionará mais segurança aos motoristas. "Não pode ser algo reto, pois, em caso de colisão lateral, o veículo é empurrado novamente para o meio da pista."

A barreira irá ligar as alças de acesso dos viadutos Engenheiro Luís Meira e Tamarutaca. Segundo o secretário, não serão necessárias desapropriações para a construção da passarela, que terá estrutura metálica. O material foi escolhido por ter construção mais rápida do que as passagens de concreto. Paulinho informou que o equipamento será coberto e terá iluminação de segurança.

O trecho da avenida em frente ao núcleo registra alto número de atropelamentos. O caso mais emblemático ocorreu em agosto de 2011, quando um casal morreu ao ser atingido por roda de caminhão enquanto tentava atravessar a via. Com o objetivo de diminuir o risco, a Prefeitura instalou semáforo no local (leia ao lado).

No entanto, a presença do sinal não impede que moradores se arrisquem para chegar ao outro lado. A equipe do Diário esteve ontem no local e flagrou grande quantidade de pessoas dividindo espaço com os veículos. "O povo tem preguiça de andar 50 metros para chegar ao semáforo. É um problema de educação, pois existe a opção mais segura", critica a dona de casa Maria Cruz Silva, 41 anos. Ela elogia a decisão da Prefeitura de fechar o canteiro central após a entrega da passarela. "Muitos iriam continuar passando por baixo. Iria ficar ainda mais perigoso, já que o farol vai ser retirado", alerta.

Para a dona de casa Analice Dias de Oliveira, 39, o semáforo fez com que ocorressem outros tipos de acidentes na avenida. "Ele fica vermelho muito rápido. Nisso, o motorista da frente para de forma brusca e o de trás não consegue reduzir a velocidade", comenta a moradora.

O líder comunitário do Tamarutaca, José Roberto Monteiro da Silva, o Betão, elogia a construção da passagem elevada. "Essa é uma reivindicação antiga da comunidade. Espero que isso diminua as tragédias por aqui."

Farol instalado em agosto piorou fluidez na via

Os semáforos instalados pela Prefeitura de Santo André na Avenida Prestes Maia comprometeram a fluidez na via, que compõe o chamado Corredor ABD. Os sinais foram ligados em maio do ano passado, após o ex-prefeito Aidan Ravin (PTB) anunciar que abandonou o projeto para a construção de passarela na via. A justificativa dada foi que o Executivo não teria dinheiro para fazer a passagem elevada.

A medida foi duramente criticada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que, dias antes, havia entregue as obras de rebaixamento da Avenida Lions. As intervenções custaram ao município R$ 39 milhões, sendo parte financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Em dias úteis, a via chega a receber 5.000 veículos em cada direção nos horários de pico. O movimento aumentou em cerca de 25% após a inauguração da Nova Lions.




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