Cultura & Lazer Titulo Artes plásticas
Arte de rua no museu

'2ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art' reúne diversas
obras e linguagens; evento reúne obras de 50 artistas

Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
22/01/2013 | 07:16
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A arte que é a cara de São Paulo, que cada vez mais colore as ruas e se impõe sobre o cinza da Capital, o grafite, ganha mostra a partir de hoje com o lançamento da '2ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art', no MuBE. Tomando todos os espaços expositivos do museu, o evento reúne obras de 50 artistas nacionais e internacionais em obras coletivas e individuais, todas inéditas.

As cores são o chamariz da mostra. Não são apenas superfícies planas que ganham os tons do grafite. Instalações, fotografias e esculturas completam o leque de obras selecionadas. Ainda, dois carros com intervenções estarão expostos. A curadoria é de Binho Ribeiro.

A primeira Bienal ocorreu em setembro de 2010. Na ocasião, a mostra apresentou a história da arte no País e no mundo. Desta vez, para horizontalizar a relação de grafite e espaço, um vasto panorama das representações do gênero em diferentes sociedades e na visão de diversos artistas contemporâneos - alguns ‘das antigas' - ganha contorno pelas tintas de gente como Kongo (França), Skor (Angola), Wernz (Peru), Alme (Chile), ECB (Alemanha), Kress (Japão) e Daze (Estados Unidos), além dos brasileiros Minhau, Nunka, Finok, Speto e DMS.

As obras foram realizadas há poucos dias, nos próprios espaços destinados à exposição. É interessante observar os diálogos estabelecidos entre as composições feitas sob medida, para dentro do museu, com a linguagem do gênero, que surgiu na década de 1970, em Nova York, nos Estados Unidos, para mediar a relação do homem com a arte e o espaço público urbano.

Daze, que veio do Bronx, e no fim dos anos 1970 já pintava paredes e trens nova-iorquinos, é uma marca de respeito da Bienal. Além da história, é um nome que tem forte envolvimento, ainda hoje, com o grafite de rua. É o espaço onde ele mais cria. A proposição do seu olhar para a arte ao longo das décadas é algo interessante de observar e colocar em conjunto, como objeto de análise, com trabalhos como os de Kongo, outro dos mais célebres do evento, que recentemente transpôs algumas obras para linha de lenços de famosa marca francesa.

Aqui do Brasil dá para observar, com mais valorização, a mescla dos que os artistas já realizam nos muros dos grandes centros. Desde os traços multidimensionais do mineiro DMS até os desenhos inspirados por cartuns do paulistano Finok.

2ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art - Artes Plásticas. No Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) - Avenida Europa, 218, São Paulo. Tel.: 2594-2601. Visitação: Ter. a dom., das 10h às 19h. Grátis. Até 24 de fevereiro.




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