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PSB e PCdoB buscam diálogo com Marinho
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
19/01/2013 | 07:13
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O anúncio do secretariado do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), surpreendeu alguns dos líderes dos partidos que apoiaram o projeto de reeleição do petista. Se por um lado, Marinho incluiu PV, PRB e PMDB no comando de secretarias, PSB e PCdoB - que juntos têm três vereadores - ficaram fora da equipe de governo do chefe do Executivo.

O PSB pleiteava a indicação do ex-vereador Ary de Oliveira para gerenciar a Coordenadoria de Rudge Ramos, que continuará sendo administrada por Ramiro Meves (PEN). Já o PCdoB pleiteou o comando da Secretaria de Esportes, sem sucesso. O setor será chefiado por José Alexandre Devesa (PT), ligado ao vereador José Luiz Ferrarezi (PT), ex-titular da Pasta.

Fora do primeiro escalão, os líderes socialistas e comunistas, que têm quadros atuando em escalões menores da administração municipal, querem dialogar com Marinho para definir o espaço no governo.

Único representante do PSB na Câmara, Antonio Cabrera adotou discurso ameno em relação às tratativas com o petista. "O prefeito não tinha nenhum compromisso conosco. Agora é um outro momento e ele deve procurar o partido", contemporizou.

Sem representação na Câmara na última legislatura, o PCdoB elegeu os vereadores José Walter Tavares e Martins Martins. Líder da legenda no Legislativo, Tavares é mais incisivo ao comentar o assunto. "O Marinho ainda não resolveu a situação de todos (os aliados). Mas acredito que vamos nos entender e resolver essa situação", cobrou o vereador.

O prefeito refuta rótulo de que tenha excluído aliados. "O governo não se conforma apenas com o primeiro escalão, PSB e PCdoB são parte integrante da gestão, assim como outros partidos", sustentou.

Se o prefeito não chegar ao consenso com os aliados, há risco de criação de um bloco independente na Câmara, com possibilidade de aproximação com a oposição, hoje formada apenas por PSDB e PPS.

Tavares, no entanto, despistou sobre a junção de forças oposicionistas. "Essa não é a intenção do PCdoB neste momento. Procuraremos o diálogo. Onde há consenso há avanço", filosofou.

Apesar de não criticar Marinho publicamente, Cabrera avisa que pretende adotar postura independente na Casa. "Vou legislar de acordo com aquilo que eu considerar bom para a cidade, isso não depende da participação do PSB no governo."

 

EXCLUÍDOS

A reforma administrativa promovida pelo prefeito Luiz Marinho também deixou sem espaço na administração outras siglas aliadas, como PDT, PSD e DEM.

Embora essas agremiações tenham cargos na Prefeitura, não estão à frente de nenhuma Pasta. O PDT emplacou Ramon Ramos no Legislativo - a despeito do fracasso eleitoral do ex-deputado federal Edinho Montemor.

O parlamentar Mauro Miaguti (DEM) estava bem cotado para Secretaria de Desenvolvimento Econômico, porém abriu mão pelo posto de primeiro secretário da Câmara.

Com assento na mesa diretora do Legislativo, o PSD também desistiu de participação no governo. A sigla articulou com Marinho apoio à candidatura do vereador Rafael Demarchi (PSD) a deputado estadual em 2014.




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