Candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge afirmou que o correligionário e prefeito de Diadema, Lauro Michels, se convencerá de apoiá-lo quando “conhecer suas propostas”. O chefe do Executivo diademense já garantiu que pedirá votos ao verde, mas não descarta presença no palanque da presidente da República e postulante à reeleição, Dilma Rousseff (PT), caso a petista compareça na cidade para inaugurar obras do governo federal.

“Eu não conheço o Lauro pessoalmente, mas quando ele ouvir nossas propostas e assistir aos programas (eleitorais) na TV, vai se convencer de que eu mereço o apoio dele”, disse Eduardo Jorge ao Diário.

Lauro também não seria contrário a ajudar o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), uma vez que possui bom trânsito no tucanato – foi vereador pelo PSDB entre 2005 e 2012. “Se tiver esse apoio do prefeito de Diadema ficarei muito feliz”, acrescentou o presidenciável do PV.

Na disputa pelo governo de São Paulo, Lauro já cravou adesão ao projeto de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a despeito de o PV ter o vereador paulistano Gilberto Natalini como postulante ao Palácio dos Bandeirantes. A escolha causou desconforto na alta cúpula do partido, já que Diadema é a maior cidade comandada pela legenda no Estado – o município possui 324.947 eleitores.

Lauro justificou que o apoio a Eduardo Jorge se deu pela possibilidade de auxílio à chapa de candidatos a deputado federal, além de o PV não puni-lo por optar pela campanha de Alckmin em vez de Natalini. Apesar de anunciar empenho para eleger o correligionário, a dupla ainda não cumpriu agenda conjunta. O presidenciável do PV tem concentrado a campanha fora do Grande ABC.

CASOS DE INFIDELIDADE
O apoio declarado de Lauro para Alckmin e a sinalização de adesão à campanha de Dilma não foram os únicos fatos de infidelidade registrados na região.

Recentemente, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), causou polêmica ao garantir publicamente voto em Dilma. Único chefe de Executivo do PSDB no Grande ABC, Maranhão afirmou que, apesar de ser do partido arquirrival do petismo, tem “coração e alma vermelhos”.

Mesmo sob risco de ser expulso do PSDB, o tucano reafirmou apoio à presidente alegando que a cidade tem recebido diversos recursos da União.