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Skaf induz crítica e é evasivo em propostas

No M’Boi Mirim, candidato do PMDB ao Estado instiga moradores a alfinetar falha em saneamento

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
22/08/2014 | 07:53
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Divulgação


Candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf explorou os problemas de saneamento básico enfrentados na região periférica do M’Boi Mirim, na Zona Sul da Capital, induzindo moradores do local a criticar a atual administração estadual e sem apresentar propostas concretas para o tema.

Skaf caminhou por ruas do bairro carente e, ao ser confrontado por ausência de medidas para tratamento do esgoto a céu aberto, respondeu: “A proposta é só cobrar pelo serviço feito”.

Em pouco mais de duas horas no local, Skaf adotou postura indutiva perante aos moradores, deixando de lado o tradicional pedido de voto para focar seu diálogo em críticas ao seu rival rumo a cadeira do Palácio dos Bandeirantes, o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB).

“O governo do Estado abandonou vocês”, disse a um morador. Em outra abordagem, desta vez com uma munícipe, o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pediu a fatura mensal de sua conta de água, emitida pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), para efetuar novos ataques ao Executivo estadual.

O enfoque do peemedebista foi em relação à cobrança pelo tratamento de esgoto, que na região é despejado diretamente na Represa do Guarapiranga. “A preocupação do governo tem de ser colocar (coleta de) esgoto para cobrar (o serviço de) esgoto. O mesmo governo gasta fortuna tratando rios, mas ele é o que mais suja. E pessoas como estas são cobradas. Um absurdo”, enfatizou.

Em relação a efetivas propostas para o bairro, Skaf se esquivou sobre obras de saneamento. Prometeu, se eleito, viabilizar a vinda do Metrô para o local. “O transporte público precisa ser prioritário também. Vou promover a extensão da linha 5-Lilás do Metrô até o Jardim Ângela, pois os moradores daqui sofrem com a distância da estação do Capão Redondo, que é a mais próxima, mas fica a vários quilômetros de distância”, destacou.

DESDENHO
Sem polemizar, o postulante ignorou as críticas do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que coordena a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) no Estado. Marinho o chamou de “perdedor” por não atrelar seu apoio aos petistas em nível nacional. “O PT e o PSDB são meus adversários no Estado. Você vai esperar o que de um adversário?”, questionou, em tom irônico.




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