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Em SP, Reali tenta recuperar terreno no PT de Diadema

Ex-prefeito será assessor especial de Haddad, mas já articula visando a eleição de 2014

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
13/01/2013 | 07:16
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De malas prontas para o governo de Fernando Haddad (PT) em São Paulo, o ex-prefeito de Diadema Mário Reali (PT) tenta manter base ativa no diretório petista da cidade para retornar ao cenário eleitoral em 2014. Futuro assessor especial de Região Metropolitana da Capital, Reali perdeu espaço no petismo local após fracasso na busca pela reeleição.

O ex-prefeito conseguiu um cargo que se encaixa em seus planos de manter atuação política próxima de Haddad e não ter atividades que o prendam somente em São Paulo, possibilitando-o de articular seu futuro em Diadema para, provavelmente, brigar por uma cadeira na Assembleia Legislativa. Reali foi sondado para ocupar a subprefeitura do Jabaquara, mas recusou a oferta para ficar livre em busca de reestruturar a carreira política.

Sua principal missão será recuperar terreno no diretório municipal. Aliado à derrota histórica para Lauro Michels (PV), o petista viu seu padrinho político José de Filippi Júnior (PT) aceitar proposta de Haddad para se tornar secretário de Saúde da Capital - ficando longe de Diadema. Hoje o diretório tem três correntes que tentam se destacar e projetar-se politicamente.

A mais estruturada é a ala ligada ao presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT). Recheado de sindicalistas, o bloco se fortaleceu ainda mais com a vitória de Maninho na eleição para o comando do Legislativo. A ala também é irrigada pela influência política do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT). O grupo sindicalista do PT de Diadema já fechou seu candidato a deputado estadual: será Teonílio Monteiro, o Barba (PT), com apoio de diversos setores regionais, inclusive de Grana.

O setor próximo de Reali e Filippi ainda busca a reorganização, missão essa que ficará a cargo do futuro assessor de Região Metropolitana da Capital. Hoje essa parte conta com poder político de alguns vereadores diademenses, como Lilian Cabrera e José Antônio da Silva. Zé Antônio, aliás, não descarta lançar candidatura à Assembleia Legislativa, a exemplo do que fez em 2010, quando foi o petista da cidade mais bem votado mesmo sem ser eleito.

A terceira ala é encampada pela Articulação de Esquerda, cuja principal expoente é a ex-vereadora Irene dos Santos. Sem conseguir manter o mandato - Rubens Xavier não se elegeu vereador -, a tendência deve apostar em candidato a deputado estadual, até para manter seu peso político no diretório.




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