As pin-ups são charmosas e estilosas. O termo (do inglês, pendurar) é dos anos 1940, quando soldados norte-americanos colocavam fotos e desenhos de moças sensuais nos alojamentos. Com o tempo, ganharam características: silhuetas torneadas, mostravam partes do corpo e eram muito femininas.

Ícones como Marilyn Monroe começaram assim. Mas, as pin-ups mais famosas foram Betty Grable (eleita em 1943 dona das pernas mais belas) e Bettie Page (se destacou na década de 1950). Elas ajudaram a revolucionar a moda e atitudes da época. Para Maria Buszek, autora de Pin-up Grrrls - Feminism, Sexuality, Popular Culture, mexeram com a sexualidade feminina e trouxeram esperanças de mudança.

Fizeram tanto sucesso no século passado que garotas atuais estão reproduzindo detalhes, copiando o guarda-roupa e o estilo de vida. "Ser pin-up hoje é abertura para brincar com o tempo", explica Sérgio Bairon, professor e pesquisador da USP.

Katy Perry, por exemplo, geralmente recorre ao tema para ilustrar CDs e shows. Christina Aguilera e a brasileira Pitty têm um quê do estilo. Mas quem trouxe a real filosofia pin-up para o século 21 foi a atriz, modelo e artista burlesca Dita Von Teese.

E são nos blogs que as admiradoras expõem as preferências. Izabel Canahualpa, 14 anos, (http://vintageiz.blogspot.com.br) sempre curtiu retrô. "Adoro ver as fotos do casamento da minha avó", conta a garota, que é fã de filmes e músicas antigas. Izabel quer ser estilista e pensa em looks de época. "Misturo vintage com peças atuais. Presto atenção nas estampas."

Daise Alves, 22, (http://menteflutuante-up.blogspot.com) é pin-up assumida. "Não queria ser como as meninas de hoje e busquei alternativas mais femininas. Tem o romantismo, mas com independência", diz Daise, que dá dica às novatas: "Fazer parte desse universo não é só maquiar o olho ‘gatinho'. É preciso outras influências."