Política Titulo Saúde
Aécio defende maior
aplicação federal no SUS

Presidenciável tucano afirma que é possível corrigir
tabela, com previsibilidade, mas não estima números

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
21/08/2014 | 07:31
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Orlando Filho/DGABC


Candidato à Presidência da República pelo PSDB, o senador Aécio Neves prometeu ontem, se eleito, ampliar investimento do governo federal no SUS (Sistema Único de Saúde). Em atividade realizada na Capital paulista, no bairro do Brás, ao lado do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), o presidenciável mineiro afirmou que a revisão da tabela não é feita hoje por falta de prioridade da União no setor. “É possível e necessária, mas não dá para corrigir toda a defasagem do dia para a noite, mas progressivamente.”

Aécio sustentou que atuará “com previsibilidade” e metas, ciente do percentual de correção a cada ano, porém não citou números. Segundo o senador, as gestões do PT em 12 anos no Palácio do Planalto vêm gastando cada vez menos com Saúde. “Vamos enfrentar essa situação com o aumento do financiamento com base em propostas que já tramitam no Senado, mas obviamente só vou tratar de detalhes no momento em que estiver no governo e com todas as informações que atualmente não dispomos.”

Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indica que caiu de 59,8% para 44,7% a relação da participação federal na montagem orçamentária do SUS entre 2000 e 2011 no País. “Isso significa que os municípios e Estados ficam obrigados a pagar essa diferença. É algo ilógico”, analisou o postulante.

O MPF (Ministério Público Federal) abriu inquérito para apurar a queda proporcional de custeio do governo federal no SUS nos municípios. O Diário publicou, recentemente, levantamento mostrando que o Ministério da Saúde deixou estagnado na última década o repasse de verbas para as cidades, sobrecarregando os orçamentos das prefeituras, que anualmente têm de despender mais valores para compensar repasses menores da União.

A declaração do tucano foi concedida depois de visita à carreta do Programa Mulheres de Peito, do governo estadual, no Largo da Concórdia. Após conhecer o projeto, Aécio e Alckmin fizeram caminhada naquela região. Em tradicional ponto de tucanos durante campanhas eleitorais, tiraram série de selfies com comerciantes e entraram em famosa loja de roupas. No local, pararam em espaço para comer esfirras e pastéis. A conta foi paga pelo proprietário do estabelecimento.

CENTRAIS
Ao sair da agenda no Brás, Aécio compareceu em ato político com sindicalistas, na Liberdade. Lotado, o evento reuniu representantes da Força Sindical, da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e da Nova Central em apoio à candidatura do PSDB. No encontro, integrantes das centrais entregaram documento nas mãos do tucano com reivindicações da classe. Entre os manifestos, renovação da política de valorização do salário mínimo, manutenção dos direitos trabalhistas e fim do fator previdenciário.

Em 2010, a Força aderiu à campanha de Dilma Rousseff (PT). Para o presidente da entidade, Miguel Torres (Solidariedade), a petista “não avançou um milímetro sequer” e abandonou o diálogo com os trabalhadores.




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