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PSB libera Marina de alianças indigestas

Nova presidenciável da sigla não terá de subir em palanque de aliados em S.Paulo, Rio e Paraná

Do Diário do Grande ABC
21/08/2014 | 07:24
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Confirmada ontem como candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva não precisará seguir apoios indigestos a ela e costurados por Eduardo Campos, presidenciável do partido morto na semana passada em acidente aéreo.

Marina não terá de subir nos palanques de aliados do PSB em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, Estados onde ela brigou com Eduardo para lançamento de candidatura própria, mas viu o ex-governador de Pernambuco selar alianças com mais diversos partidos.

Em São Paulo, o PSB indicou seu presidente estadual, Márcio França, como candidato a vice na chapa encabeçada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que postula a reeleição. No Rio, socialistas estão coligados com Lindberg Farias (PT) e, no Paraná, o elo é com Beto Richa (PSDB).

A despeito de garantir da alta cúpula do PSB a ausência em palanques que ela não concorde, a ex-senadora petista afirmou ontem que acordos selados por Eduardo Campos serão mantidos.

A nova chapa foi ratificada por unanimidade ontem, em Brasília. Marina será a presidenciável com o líder do PSB na Câmara Federal, o deputado Beto Albuquerque, do Rio Grande do Sul.

Em seu discurso como candidata socialista à Presidência da República, Marina Silva afirmou que a meta de Eduardo Campos será perseguida por ela. “Precisamos mudar o Brasil preservando as coisas boas e corrigindo os equívocos”, disse.

Marina agradeceu a indicação de Albuquerque, afirmando que ele ocupará o papel que era dela e que o recebia com “determinação e satisfação”. “Quero, primeiramente, agradecer a Deus por estar nos ajudando a fazer essa travessia difícil, após a perda daquele que havíamos escolhido para nos guiar nessa difícil tarefa de mudar o Brasil. Mudar com a visão de que se começa o novo no novo, corrigindo os equívocos praticados e encarando os desafios desse início de século”, destacou.

A candidata adiantou que ninguém do partido estava preparado pela tragédia, mas que assumia o compromisso de “responsabilidades já assumidas” por Eduardo.

“Há aqui o sentido do peso dessa responsabilidade, há o compromisso com os compromissos construídos ombro a ombro nas madrugadas ao lado de Eduardo”, comprometeu-se.

Marina afirmou, ao receber carta inventário do PSB, que entre as responsabilidades assumidas por ela está a de “ajudar o partido a se reerguer” da perda de Eduardo. “A carta me diz o sentido do que é a história desse partido e agora temos a obrigação de o reerguer da fatalidade que se abateu”, discorreu. “Recebo essa carta como pedido de acolhimento (no partido).”

CAMPANHA
Coordenador da Rede, Bazileu Margarido deverá deixar o posto de coordenador executivo adjunto da campanha e passará a integrar o comitê financeiro. No lugar dele, assume o ex-deputado e porta-voz da Rede, Walter Feldman.

Primeiro ato de campanha de Marina deverá ocorrer no sábado em Recife. O programa eleitoral de rádio e TV não foi discutido no encontro de ontem. Na próxima semana, a prioridade será atender aos pedidos de entrevistas feitos pelos veículos de comunicação.
 




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