Apesar da decisão judicial que obriga a retirada de circulação dos ônibus da Viação Estrela de Mauá, os coletivos da empresa mantiveram a operação ontem. Na terça-feira, a juíza substituta da 3ª Vara Cível de Mauá, Fernanda Salvador Veiga, suspendeu o contrato emergencial assinado no mês passado entre a Estrela e a Prefeitura e reiterou o mandado de segurança que garante a operação exclusiva da Leblon no Lote 2 até que a Justiça julgue a causa em definitivo.

Na noite de terça-feira, o presidente da Estrela, David Barioni Neto, garantiu que manteria as atividades da empresa até que fosse notificado oficialmente. Ontem, no entanto, o empresário não foi localizado para informar se recebeu ou não a notificação e se os veículos irão operar hoje. O secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugenio Pereira Júnior, também foi procurado, mas não se manifestou.

Na manhã de ontem, funcionários da Estrela de Mauá diziam ter conhecimento da decisão judicial, mas que não receberam ordem para suspender o trabalho. "Enquanto não recebermos orientação da chefia para parar, vamos manter tudo normal", disse motorista que preferiu não se identificar.

A ordem da magistrada é para que a Prefeitura seja multada em R$ 5.000 por dia caso a companhia não retire os ônibus das ruas.

Estrela e Leblon brigam desde 2008 pela prestação dos serviços na área. Naquele ano, foi lançada licitação para a concessão - a empresa Transmauá também participava do certame. Após diversos recursos, a Leblon foi declarada vencedora e assinou contrato com a Prefeitura em 2010, tendo iniciado a operação em novembro do mesmo ano.

Em julho do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reabilitou as duas concorrentes e eliminou a Leblon, o que fez com que a administração assinasse contrato com a Estrela. A decisão, porém, foi suspensa até que seja feito o julgamento definitivo.