Economia Titulo Comparação
Consórcio contemplado é opção a crédito
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
06/01/2013 | 07:05
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Mesmo rodeada de mitos em torno de sua legalidade, a venda de cotas contempladas de consórcio é uma modalidade que vem crescendo e aparecendo como alternativa aos financiamentos, principalmente quando o assunto em questão é a compra de imóvel.

 

Quem tem uma boa entrada, geralmente entre 30% e 35% do valor pretendido, consegue o dinheiro para pagar o bem à vista e divide o saldo restante em prazos menores que os oferecidos pelos bancos, que normalmente se estendem a 30 anos. O limite de tempo para o consórcio, quando feito desde o início, são 15 anos. Porém, como a modalidade se dá com a aquisição de uma cota de consórcio já em andamento, geralmente o prazo é menor. A desvantagem, neste caso, é que pelo financiamento as parcelas são decrescentes.

A taxa de administração é a mesma, em torno de 0,20% ao mês (ante 0,76% ao mês dos financiamentos imobiliários), já que o grupo dos consorciados permanece, havendo apenas a substituição do participante que vendeu a cota por outro que a adquiriu. Segundo a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), a empresa não pode se opor à venda da cota. "Caso o saldo devedor seja muito alto, a administradora vai avaliar a renda do novo consorciado e decidir se vai pedir fiador, seguro ou alienação fiduciária", explica Elaine da Silva Gomes, gerente do departamento jurídico da associação.

A equipe do Diário elaborou simulação para cota de R$ 266 mil, em que são cobradas 168 parcelas de R$ 1.819 e é exigida entrada de R$ 88 mil - geralmente o montante é a soma do quanto o antigo consorciado havia pago e do ágio cobrado pela empresa intermediadora que, de acordo com Roberto Rodriguez, diretor da Carta Contemplada Imóvel, que fica na Praia Grande mas atua em São Bernardo, oscila conforme o valor da entrada, não havendo taxa fixa. O valor total pago pela cota nesta situação é de R$ 393.592. montante R$ 127.592 mil superior.

Em financiamento, ao considerar uma entrada de 10% (R$ 26.660), os R$ 266 mil saem por 168 prestações de R$ 2.808, que acumularão no fim R$ 471.889 - R$ 205.889 a mais. Na comparação entre os valores finais, a cota contemplada é R$ 78.297 mais barata. É recomendável, porém, antes de fechar negócio, pesquisar as possibilidades e simular situações com as mesmas condições.

Em caso de opção pela cota, Elaine alerta que nenhum dado deve ser fornecido antes de ir à administradora e pegar carta para provar que ela já foi contemplada e acessar extrato para conferir quantas parcelas faltam. É lá também que será assinada a transferência.

Segundo Rodriguez, quem quiser utilizar o FGTS para abater o valor restante do imóvel, além da cota, pode. Quem está no consórcio desde o início, porém, pode usá-lo também para dar lances.

 

 




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