Turismo Titulo Barcelos
Subindo o Rio Negro
Eliane de Souza
Do Diário do Grande ABC
03/01/2013 | 07:59
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Manaus nem sempre foi a capital do Amazonas. Barcelos, a mais de 400 quilômetros, foi a principal cidade amazônica até 1758 na então Capitania de São José do Rio Negro. O município localizado à margem direita do Rio Negro tem 122 quilômetros quadrados e possui o maior arquipélago fluvial do mundo: as 700 ilhas de Mariuá.

Barcelos é conhecida pelo seu potencial turístico principalmente quando se fala em belezas naturais, peixes ornamentais e pesca esportiva. Chegar ao município navegando pelo rio é uma aventura que pode durar 30 horas, com direito a dormir em redes em barcos muito lotados. Os menos dispostos podem chegar também de avião.

Entre os principais pontos turísticos de Barcelos estão a Praia Grande, a Ilha do Governador e a Praia do Cuxará. Essas faixas litorâneas se encontram em frente à cidade, logo são as mais visitadas. A Praia Grande por ser a mais extensa, sedia eventos como o Réveillon e luais.

Outro local que merece destaque é o Piabódromo, onde é realizado o Festival do Peixe Ornamental de Barcelos. O evento acontece todos os anos na última semana do mês de janeiro. A disputa é entre os Peixes Acará-Disco e Cardinal. O festival atrai centenas de pessoas nessa época pois, além do evento, as praias e toda as belezas naturais de verão estão se exibindo aos visitantes.

 

FILME

A pequena cidade encantou também o ator Matheus Nachtergaele, que rodou em Barcelos o filme A Festa da Menina Morta, de 2008. A película premiada nos festivais de Chicago e Los Angeles (Estados Unidos) e Havana (Cuba), além de festivais brasileiros como os de Gramado e Rio Janeiro. marcou a estreia do ator como diretor e roteirista.

O filme estrelado por Daniel de Oliveira e Dira Paes conta a história de uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas que comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho (Daniel), que após o suicídio da mãe recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida. A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado.

Nachtergaele teve como inspiração um ritual pagão que ele próprio presenciou no interior da Paraíba, enquanto atuava em O Auto da Compadecida, em 1999. A produção durou um mês e as filmagens, feitas em 2007, perdurou por mais de cinco semanas.

 

 




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