Cultura & Lazer Titulo Carreira internacional
Continuando as viagens

Orquestra de Violeiros e Berranteiros de Mauá começa ano
com agenda agitada; o grupo tem compromisso na Bolívia

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
01/01/2013 | 10:14
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A carreira internacional da Orquestra de Violeiros e Berranteiros de Mauá começa agitada em 2013. Nos últimos anos, a tradição tem sido arrumar as malas no mês de janeiro e levar os instrumentos para que outros públicos sul-americanos possam conhecer um pouco sobre o projeto musical de origem católica encabeçado pelo maestro João Aletto desde sua formação, em 1999. Após apresentações no Chile (em 2011), Paraguai e Argentina (ambos no mesmo período no ano passado), o grupo segue com suas viagens na segunda-feira, quando parte para compromissos na Bolívia.

No total, 30 pessoas - entre elas cinco integrantes da Orquestra de Flauta Doce e um sanfoneiro - irão pegar o ônibus do Terminal Rodoviário Barra Funda, em São Paulo, rumo à cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, Estado que faz divisa com o país vizinho e onde ficarão hospedados até dia 15. A jornada irá durar cerca de 22 horas.

"Essas experiências internacionais e a oportunidade de visitar outros povos têm sido muito ricas, culturalmente e espiritualmente. Tudo tem corrido naturalmente graças aos contatos e aos amigos que fazemos. As ações estão engrenando a cada começo de ano e agora começamos a planejar as viagens", explica João Aletto.

O itinerário pela Bolívia contará com passagens pelas regiões de Puerto Suárez e Puerto Quijarro. Em Corumbá, farão apresentação cultural em uma igreja local. Momentos de lazer também estão programados, como a descida de chalana pelo Rio Paraguai.

EXPERIÊNCIAS MUSICAIS - Segundo Aletto, a troca musical tem sido um dos destaques das viagens. "Estamos conseguindo ouvir muitas músicas religiosas em espanhol e já fizemos repertório somente com elas. Já as canções mais populares são bem distintas das que temos aqui no Brasil. Os ritmos são bem diferentes."

Apesar das novidades, o grupo não deseja mudar seu estilo. "A ideia é e sempre será levar nossa música para esses países vizinhos. Cantamos em português e não em espanhol. Ficaria até feio", analisa o maestro. O repertório da orquestra contará com boa dose de composições sacras, destinadas especialmente às performances nas igrejas. Pelas ruas e praças, preparam interpretações de clássicos do folclore de diferentes regionalidades nacionais, seja do interior nordestino, gaúcho ou mineiro. Destaque para as versões com violas e berrantes de Asa Branca e Menino da Porteira.

A nova agenda internacional será mais uma vez bancada por finanças pessoais dos integrantes. "Se dependermos de ajuda de fora ficaremos esperando sentados. Infelizmente, o órgãos públicos não nos dão sequer ‘boa viagem' nessas aventuras", lamenta Aletto. "Vamos na raça e na boa vontade. Ainda há muitos países para conhecermos."




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