Palavra do Leitor Titulo Artigo
Colheita urbana da água das chuvas

Os reservatórios de água em vários países se encontram próximos da capacidade limite em razão do aumento do consumo

Do Diário do Grande ABC
11/08/2014 | 08:50
Compartilhar notícia


Artigo

Os reservatórios de água em vários países se encontram próximos da capacidade limite em razão do aumento do consumo, assim como pelas alterações nos ciclos de chuva causadas pelas mudanças climáticas. Essa situação é ainda agravada pelo aumento da população mundial e o processo acelerado de migração do campo para as áreas urbanas. Neste contexto, os governos e os consumidores precisam olhar com cada vez mais atenção para o aproveitamento da água das chuvas.

Cada vez se impermeabiliza mais o solo. Sem poder infiltrar, a água desce pelas ruas e, antes de chegar a rios e córregos, inunda as cidades. Esse fenômeno provoca a destruição de residências e gera milhões em prejuízos para os governos e as famílias. A abordagem para esses problemas recebeu poucos avanços nas últimas décadas. Os governos continuam investindo em canais, piscinões e grandes obras de infraestrutura. Enquanto isso, ainda convivemos com uso irracional da água captada pelas companhias de abastecimento. Ainda utilizamos esses recursos hídricos valiosos para tarefas que dispensam água potável, como é o caso de descargas de banheiros, irrigação de jardins e limpeza de áreas domésticas e públicas.

Sendo assim, por que não aprimorar o uso de reservatórios residenciais para água das chuvas como medida para tornar mais seletivo o uso da água tratada? No lugar de pensarmos em soluções que demandam grandes investimentos em infraestrutura, poderíamos pensar nas soluções pequenas, abrindo espaço ao incentivo a pequenas mudanças na casa das famílias de forma que a água pluvial possa ser mais bem aproveitada.

Os avanços neste sentido ainda são muito tímidos pelos diversos desincentivos que existem para tal. O primeiro é o custo-benefício em diversas localidades em que é mais barato utilizar a água da rede básica do que investir em soluções sustentáveis. Porém, o risco de racionamento em grandes cidades – como na Grande São Paulo – deve ser visto como alerta. Por exemplo, enquanto o Sistema Cantareira registrava sucessivos recordes negativos em seu nível, a Capital paulista enfrentava as consequências de enchentes por causa das chuvas de verão. Esse alto volume pluviométrico poderia ser utilizado para tarefas em que a água tratada é dispensável. 

O poder público precisa estar atento a formas de incentivar a colheita urbana da água das chuvas. Somente a soma de diversos esforços e ações neste sentido permitirá que as grandes cidades tenham condições de superar os imensos desafios ambientais que temos pela frente.

Amauri Ramos é engenheiro e diretor da Acqualimp.

Palavra do leitor

Poder do voto
Caros, em outubro teremos eleição. É aconselhável começar desde já a analisar a postura dos candidatos que se propõem a vaga no Senado, Câmara Federal e estadual e, principalmente, à Presidência da República. Não se esqueça que seu voto tem valor muito grande, por isso não o desperdice, votando sem análise sobre o candidato a quem vai confiar. É notório que a arte da política está há muitas décadas atrasada em relação às outras artes, que cada vez mais se aperfeiçoam, enquanto a política, além de encruada, se desvaloriza no conceito popular. Mas temos que votar, eleitor! Nossa lei assim exige. Então, procuremos usufruir do pouquinho a que temos direito. Não deixe de votar nem vote em branco, porque se assim agir estará simplesmente concordando com a situação atual. Para mudar é preciso votar.
Américo Del Corto
Ribeirão Pires

Falta de água
Estamos em contagem regressiva para abrir a torneira e não ter água, não sei se por um dia, dois, dez, mais ou para sempre! De quem é a culpa? Entendo que em tudo temos prioridade e cuidado. Queria que os governos, sejam eles de qualquer instância, assumissem suas responsabilidades e – por que não dizer? – culpa. Meu Deus, cadê o cuidado com aquilo que é essencial para a vida, para o campo, onde temos os frutos? Cadê a gestão a longo prazo? O povo que paga conta alta, este está querendo pôr a responsabilidade em alguém. E esse alguém infelizmente é quem nos governa. Mas não se enganem, se tem algum culpado, são eles, os políticos, que deveriam saber ao menos sobre a conta que mostra a escassez. Deus, tenha misericórdia do nosso Estado. <EM>
Rosângela Caris
Mauá

Catarata
Fui encaminhado ao AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Santo André para cirurgia, conforme constatada catarata por exames. Fiz todos os exames solicitados. No dia 7 de março, compareci ao AME por minha livre e espontânea vontade, para saber sobre o andamento do meu prontuário. Nesse dia, me deram a guia pré-operatória. A partir daí, liguei diversas vezes para o ambulatório e a resposta é sempre a mesma: ‘o senhor tem de aguardar o aviso do anestesista, pois já está agendado.’ Espero não ter de fazer todos os exames novamente e acho que já passou tempo suficiente para realização da cirurgia. Gostaria de uma resposta convincente, pois até já foi tirada a medida adequada do olho, para ser colocada a lente.
Antonio Modamese
São Bernardo

Rui Barbosa
‘De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto’. Quando Rui Barbosa proferiu esse pensamento, estaria ele dando prognóstico do Brasil que vivemos? Quantas vezes nos perguntamos se não valeria a pena viver alienado de absolutamente tudo? Vivemos como se estivéssemos com uma granada nas mãos, isso em todos os atos onde o Estado tem ingerência direta ou indireta. É como se fôssemos réus por crimes que não cometemos. Vê-se modelo de política centralizadora, paternalista e de conchavos tendenciosos que já não dá resultados há muito. Saúde, Segurança e Educação não estão mais à beira do caos e sim lutando para sair do mesmo. Partidos políticos querendo se partir ao meio e nos usando como escudos e moedas de troca para seus devaneios. Até quando seremos os bois de piranhas? Que Rui Barbosa possa nos perdoar por não tê-lo ouvido e por não termos compreendido o óbvio que há muito respiramos pela inércia!
Cecél Garcia
Santo André

Fevima
O mês de agosto era tempo do Fevima (Festival de Violeiros de Mauá) há até bem pouco tempo. Mas, infelizmente, parece que 30 anos de tradição, de emoção, da boa e bela música caipira, de encontro dos que gostam e admiram as modas caipiras, da nossa terra, do nosso chão, dos nosso avós, de Inezita Barroso, Viola, Minha Viola – eta programa que eu gosto! – de nada adiantaram. Parece que em Mauá – aliás, a única cidade do Brasil que possui duas Orquestras de Violeiros, sendo que uma delas já se apresentou no Chile, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai e também a única que possui uma Orquestra de Berranteiros –, infelizmente, o nosso querido Fevima foi abandonado, junto com a Festa dos Povos. Que pena! Milhares de pessoas acompanhavam as eliminatórias do festival nos bairros, nas comunidades, no Teatro Municipal. E tinha o grande encerramento no Paço Municipal, com Pena Branca e Xavantinho, Liu e Léo, Julinho e Janel, Irmãs Galvão etc. Mas ainda nos resta a belíssima Saudade de Minha Terra.
João Aletto Filho
Mauá

Dominado
A corrupção no Brasil traça por si só desenho impossível de não interpretar. A mais mundana das mentes parece ter assumido tudo na arquitetura ilegalmente legal. Serviços de inteligência das polícias, da Marinha, Aeronáutica, Exército, desembargadores, OAB, ministérios públicos, TCU, corregedorias etc. Não conseguem desconfiar de nada e ninguém! Tudo, sinistra e cinicamente, é agora admitido em qualquer entrevista, num silogismo indubitavelmente correto, mas de conclusão macabra. Somos a mais impune e falsa das democracias. O caso da subtração de bilhões de dólares dos cofres da Petrobras joga pá de cal no arcabouço estrutural da moral, em se tratando dos políticos! E nossos saqueadores saem livres e impunes, fazendo campanha para que possam saquear-nos ainda mais!
Paulo Rogério Bolas
Santo André
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;