A Justiça Federal de São Paulo coloca a leilão 181 imóveis do empreendimento Domo, no Centro de São Bernardo. Apartamentos, consultórios e escritórios, todos novos, localizados em frente ao Shopping Metrópole, serão negociados dia 13, às 10h, na sede do Ministério da Fazenda, na Capital (Avenida Prestes Maia, 733).

Os imóveis que não saírem nessa primeira praça voltam a ser leiloados no dia 27, no mesmo horário e local, mas desta vez com 40% de desconto. Quem arrematar, paga diretamente à Justiça, com 20% de entrada e o restante em até 60 vezes, com parcelas corrigidas pela Taxa Selic (taxa básica de juros, que está em 11% ao ano).

Essas salas e apartamentos nunca foram usados. Serão leiloados pela Justiça por conta de dívida da Fiação e Tecelagem Tognato, antiga dona do terreno onde foi construído o conjunto imobiliário, com a Fazenda Nacional. Até maio, o débito era de R$ 57,8 milhões.

Os prédios foram erguidos em área que abrange a Rua José Versolato, 111, e a Avenida Aldino Pinotti, números 500 e 601. São centenas de imóveis no local que já foram comercializados normalmente, mas 181 entrarão em leilão para quitar a dívida da empresa.

Os valores de cada um foi definido por perito judicial. O menor e mais barato é um escritório de 37 metros quadrados, no Condomínio Domo Business. No primeiro leilão, o lance mínimo será de R$ 290 mil, ou R$ 7.837 o metro quadrado. No segundo, porém, o valor mínimo da mesma sala comercial será de R$ 174 mil, ou R$ 4.702 o metro quadrado. Bem abaixo do mercado.

Já os preços dos apartamentos são ainda mais interessantes. O maior e mais caro é um imóvel de 246 metros quadrados de área privativa, com quatro vagas na garagem, sala de estar, sala de jantar, sala de TV, terraço, lavabo, quatro dormitórios com suíte, sendo um com dois espaços para armários, hall, cozinha com copa e despensa, área de serviço e banheiros. Sai na primeira praça pelo mínimo de R$ 1,3 milhão, ou R$ 5.284 o metro quadrado. Se não for vendido, no segundo leilão o lance inicial será de R$ 780 mil, ou R$ 3.170 o metro quadrado.

“Geralmente, as pessoas que vão morar ou abrir um negócio, de fato, compram no primeiro leilão, pois não podem perder a oportunidade. Mas tem também quem vai ao leilão e aguarda a segunda praça para comprar e vender depois, pois os preços são atrativos. São investidores, que correm o risco de não conseguirem o imóvel que pode ser vendido no primeiro evento”, explica Nilton Brancallião, um dos 12 leiloeiros habilitados pela Justiça Federal deste pacote.

O comprador, no entanto, não pode deixar de lado cuidados como verificação de documentação, conhecimento total do edital e vistoria. Nilton acrescenta que as garantias de documentação e entrega dos imóveis são claras e transparentes. “É mais seguro comprar da Justiça do que de muitas construtoras por aí”, ressalta.

Cadastramento prévio para participar dos leilões, agendamento de visitas ao local e outras informações sobre os lotes podem ser adquiridas no site www.cehasjf.com.br.