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Se vamos viver mais, como vamos viver?
Do Diário do Grande ABC
04/08/2014 | 08:18
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Artigo

Sabemos que o envelhecimento da população já está acontecendo, pois as famílias têm menos filhos estão preocupadas cada vez mais com a vida profissional. Mas vamos nos questionar. Se estamos envelhecendo, como vamos viver? Quem cuidará de nós? Ainda, quem cuidará do próprio familiar cuidador?

Uma pesquisa realizada recentemente pela USP (Universidade de São Paulo) constatou que 40% das pessoas que cuidam de idosos doentes são também idosas e, principalmente, mulheres. Elas assumem este papel, pois não querem atrapalhar a vida profissional ou pessoal dos seus filhos, não pedem ajuda, e assim, agregam funções que muitas vezes são dolorosas e desgastantes.

E o impacto na saúde do cuidador idoso é enorme. Com uma carga maior de estresse, ele está mais propenso a ter problemas físicos e psicológicos do que a população idosa em geral. Percebemos que por causa do desgaste, ele acaba negligenciando a saúde do outro, não por querer, mas pelas condições e estruturas em que se encontra. 

Só em São Paulo vivem 1,4 milhão de idosos acima de 60% (12% da população). A maioria tem duas doenças ou mais (80%). Entre 80 e 90 anos, 20% deles apresentam algum tipo de demência – a partir dos 90 anos, esse número é de 40% e pode piorar. Imagine ter de cuidar do marido que não tem nenhuma recordação? Acreditem, é triste e doloroso, pois os idosos com demência esquecem e voltam a ser crianças e essa realidade é dura demais para quem não tem o preparo profissional e psicológico.

Assim, é fundamental a ajuda de um cuidador profissional. Quando não existe a figura desta pessoa qualificada para a função, quem assume a responsabilidade de cuidar do idoso tende a sofrer calada e pode ficar com depressão, fadiga, frustração, além de reduzir o convívio social e diminuir a autoestima. Pode até se tornar intolerante e amarga, distanciando-se da pessoa cuidada e da família. Em casos extremos, pode morrer antes mesmo do idoso cuidado. 

Por isso, cuide e dê carinho aos seus pais, pois eles passaram uma grande parte de suas vidas cuidando de você. Além disso, sabemos que vamos também passar por isso. Talvez caiba a você cuidar do seu marido ou da sua esposa, pois seus filhos podem não ter tempo para tal; ou ainda, as necessidades podem ser outras pelas quais quem precisará de ajuda será você. Por isso, reflita e veja como pode ajudá-los para tornar o dia a dia do idoso mais ameno, tranquilo e o mais importante: Feliz!

Eduardo Chvaicer é empresário e máster franqueado da Right at Home no Brasil, líder mundial em cuidados com idosos em domicílio.

Palavra do leitor

Bancos
A presidente Dilma Rousseff explica por que guarda em casa R$ 152 mil em espécie. Ou melhor, tenta explicar. Porém, diante do caos que anda nossa Pátria querida, ela deixou muito bem claro que nem ela confia na economia apresentada hoje ao povo brasileiro. O próprio Banco Central informa à Nação que lugar de dinheiro é no banco, para que haja crescimento pela circulação do mesmo. Péssimo exemplo da presidente Dilma.
Rosangela Caris
Mauá

Crise
No Brasil criou-se a cultura já histórica de nominar de crise tudo aquilo que na verdade é uma espécie de preguiça voluntária vocacional de exercer uma tocável e transparente administração. Isso com competência, logística e planejamento. As Santas Casas são exemplos sobreviventes dessa ociosidade de gestores incompetentes e apagadores de incêndios. Estamos nos aproximando das eleições, quando estaremos delegando, pelo voto, aqueles que serão nossas vozes e representantes em vários seguimentos parlamentares e executivos. E, para tanto, é preciso que paremos com as mesmices de generalizar todos os políticos como desonestos, o Brasil não tem mais jeito ou o Brasil do (eterno) futuro. Não podemos esquecer que fazemos parte do processo de mudança imprescindível e pragmática dessa terra abençoada chamada Brasil.
Cecél Garcia
Santo André

Previdência
Para efeito de aposentadoria, nas três primeiras décadas de existência a Previdência Social só arrecadou. Pouquíssimos benefícios foram concedidos. Portanto, deveria haver muito dinheiro em caixa. As contribuições baseadas em um tripé seriam pagas pelo empregador, empregado e governo, que não dava sua parte e ainda desviava o dinheiro arrecadado. Para quem não sabe, Brasília foi construída com dinheiro destinado a pagar aposentadorias futuras. Mas quando o trabalhador depois de 35 anos de contribuição pensou se aposentar, o dinheiro havia sumido. Então, o governo democrático da época ficou de estudar novas regras para nos enganar novamente. Aí veio a ditadura e depois dela mais enganação. De 1985 para cá, já nesta democracia, acabaram com o abono de permanência e o pecúlio. Traiçoeira e desonestamente sem nos consultar, abaixaram o teto das contribuições em 50%, cortando assim nossos benefícios pela metade. Continuando, os reajustes até então atrelados ao salário-mínimo foram substituídos por índices falsos da inflação. E assim tem sido sempre. É roubo atrás de roubo. Portanto, sem considerar os habituais fraudadores, somos constantemente enganados, humilhados, perseguidos e roubados pelo governo.
Nilson Martins Altran
São Caetano

Debates
Em breve começarão os debates entre os candidatos à Presidência da República. Objetivamente, os jornalistas deveriam perguntar o que farão os candidatos, se eleitos, para resolver os três temas que afetam a vida dos brasileiros: a questão da inflação, a produtividade e a melhoria dos serviços públicos. Os assuntos estão ligados entre si à alta dos juros, diminuição do consumo, desemprego etc. Se conseguirem responder sem demagogia, já será um bom começo para que o eleitor conheça o seu candidato e possa fazer a sua escolha. Simples assim.
Izabel Avallone
Capital

Collor
Depois de 22 anos da denúncia entre os irmãos Collor, que levou ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor em 1992, e de ficar em lados opostos nas eleições de 2012, a família Collor está novamente unida em Alagoas. Agora Fernando, candidato a senador pelo seu Estado, divulgou foto ao lado do sobrinho, Fernando Lyra, herdeiro de Pedro Collor, que o denunciou. Hoje a paz está feita com o sobrinho, filho do denunciante que lhe causou a perda da Presidência, fato que não chega assustar tanto como os abraços e amizades seladas com o seu maior inimigo político da época, Lula e o PT. Já que Collor diz ter feito as pazes com os seus familiares, eu pergunto: e com o povo brasileiro, já selou as pazes também?
Benone Augusto de Paiva
Capital

Reações
A ideia de defender bancos nunca foi e nunca será minha intenção. Ninguém mais poderá dizer que não sabia ou não conhecia a forma ‘bolivariana’ de lidar com críticas. Basta ver as reações de Dilma, Lula e alguns outros petistas, como o prefeito de Osasco, que rompeu acordo com o banco Santander, e do presidente do partido que classificou como ‘terrorismo eleitoral’, além de ameaças veladas ao banco.
Luiz Nusbaum
Capital

Parceiros
Este governo não acerta uma! Tem como principais sócios os Brics e o Mercosul, cujos componentes principais são a Rússia e a Argentina. A coisa ficou russa com o avião abatido e a falência dos ‘hermanos’. Outro país com governo mais competente já teria pedido demissão dessas sociedades e iniciado intercâmbios independentes com nações mais adiantadas e menos enroladas.
Mário A. Dente
Capital

Israel
A diplomacia brasileira foi muito atacada e ofendida por Israel. Apenas porque o Brasil pede paz. Fomos chamados de ‘anão diplomático’ e de sermos irrelevantes comercialmente.
José Eduardo Zago
Mauá  




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