A eleição para governador de São Paulo revela o seguinte cenário, em números: são oito candidatos que criticam o governo e pregam alternância no poder e um que defende o legado de 20 anos do PSDB à frente do Palácio dos Bandeirantes. No grupo dos oito, dois despontam como principais adversários. O médico e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, do PT, e o empresário Paulo Skaf, do PMDB. Se tudo der certo na campanha deles, será difícil bater o atual comandante paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição e lidera com folga as recentes pesquisas eleitorais. Imagine se as coisas começaram a dar errado para petista e peemedebista? Começaram a dar. Padilha não consegue decolar. Não passa dos 5% das intenções de voto medidas pelo Ibope. A situação é tão ruim que os correligionários de São Paulo têm dispensado mais atenção à candidatura da presidente Dilma Rousseff. Nos eventos está praticamente escanteado. Nas ruas, quase desconhecido do eleitorado. Já Skaf resolveu entrar na Justiça para censurar levantamento encomendado pelo Diário ao DGABC Pesquisas. Conseguiu incomodar a cúpula estadual do PMDB, os candidatos da região e os eleitores. Enquanto os dois batem cabeça, a estrela que brilha é de Alckmin.

Disposição
O deputado federal Vanderlei Siraque (PT) esteve boa parte do tempo, nesta semana, em campanha pela região. Destaque para pedido de votos à reeleição nas estações de trem, a partir das 5h. Acordou cedo, é verdade. Por uma boa causa? Para ele sim. A pergunta que fica é: como será o retorno dos trabalhos no Congresso Nacional? A disposição será a mesma?

Estranho
Edison Parra (PHS), vereador de São Caetano, foi um dos maiores críticos do governo Paulo Pinheiro (PMDB) nesta legislatura. Nesta semana, porém, deu aval para ir a plenário o projeto do Executivo que cria cargos no Consórcio Intermunicipal. A propositura estava parada na Comissão de Finanças, da qual faz parte. Tem muita gente desconfiada da mudança de postura do humanista.

Quase lá
O vereador de São Bernardo Rafael Demarchi (PSD) esteve reunido em algumas oportunidades com o deputado federal William Dib (PSDB). Candidato à vaga na Câmara Federal, o pessedista está de olho no potencial eleitoral do tucano, que não disputará a reeleição. As bases do apoio ainda estão sendo discutidas, mas estão bem encaminhadas.