Economia Titulo Consumo
Morador da região quer presentear pai com roupa

Especialistas em finanças pessoais orientam que famílias paguem à vista e optem por algo útil

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
01/08/2014 | 07:07
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Os consumidores da região pretendem presentear os pais, no dia 10, principalmente com roupas, perfumes e relógios. Porém, para que o orçamento não seja prejudicado, é importante pesquisar preços e comprar algo que realmente seja útil.

Segundo a PIC (Pesquisa de Intenção de Compra) Dia dos Pais de 2014, do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, 45,8% das famílias pretendem presentear com vestuário e calçados. Outras 14,1% têm a intenção de dar perfumes e cosméticos. Na terceira posição de preferência estão os relógios e joias, com 6,9% das opiniões.

O educador financeiro Álvaro Modernell deixou claro que o presente para o pai deve ser útil. “Não apenas aquela coisa simbólica ou meramente decorativa.”

Especialista em finanças pessoais e um dos fundadores da Academia do Dinheiro, Mauro Calil avaliou que os pais, normalmente, são muito racionais. Por isso, vão dar muito mais valor para presentes que utilizem no dia a dia.

Calil observou ainda que o importante é que o presente seja impactante, e não apenas demande certa quantia de dinheiro, que deve ser ponderada de acordo com o orçamento de quem vai comprar. “Então não adianta nada comprar um presente para o pai que ele compraria. Deve ser algo que ele precisa, mas que por algum motivo não adquiriria.”

Modernell acrescentou que a escolha, se possível, deve ter como base o gosto do pai, e não de quem vai comprar o presente. “Porque senão é um desperdício de dinheiro.”

Para o especialista em finanças pessoais André Massaro, o mais importante, em conjunto com a escolha de um presente útil, é o pagamento à vista. “Nunca entre em um financiamento ou em um crediário para isso.”

Os especialistas concordam que não vale a pena se endividar para agradar os pais, tendo em vista que o maior bem para essas pessoas é ver a felicidade dos filhos. E, definitivamente, o mal estar financeiro não reflete alegria alguma.

O cenário é de juros altos, de inflação acelerada. Qualquer que seja o financiamento, pode complicar as finanças no futuro e, as parcelas, que pareciam pequenas, podem ficar pesadas.

Calil disse que no caso de vestuários, calçados, cosméticos e perfumes, em geral, é possível encontrar presentes que vão de R$ 5 a até R$ 3.000. Ele aconselha pesquisar os preços primeiro na internet e, caso a escolha seja pelo shopping, as melhores oportunidades aparecerão para os consumidores que verificarem, em todas as lojas que vendem aquele produto, quais são os preços.

O coordenador do Observatório Econômico, Sandro Maskio, observou que os preços são pouco mais baixos, em geral, nos comércios de bairro e dos centros, na comparação com os shoppings.


POTENCIAL - O Grande ABC tem potencial de movimentar R$ 59 milhões apenas com presentes de Dia dos Pais. O montante, descontada a inflação de 12 meses, reflete queda real de 5%.

As informações são da PIC (Pesquisa de Intenção de Consumo) Dia dos Pais de 2014, do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo.

A previsão de preço médio dos presentes é de R$ 141,30, valor 8,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Isso já considerando a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 6,32%.

Em relação ao gasto total com os presentes, tendo em vista que cada família poderá presentear mais de um pai, a previsão é de R$ 179,20, quantia 10% menor que em relação à data em 2013.

Quanto às determinantes para a escolha dos produtos, a principal citada é o desejo de as pessoas a serem presenteadas, com 32,7% das respostas, e o preço do produto, com 30,6% da opinião dos entrevistados.

Cerca de 70% das famílias pretendem pagar os presentes com dinheiro ou cartão de débito, ou seja, à vista. Na avaliação do coordenador do Observatório Econômico, Sandro Maskio, o comportamento reflete a situação econômica das demissões da indústria, do crédito mais caro e da inflação acelerada, que geram insegurança aos consumidores. 




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