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Sabesp investirá R$ 3,1 bilhões em redução de perdas

Ações serão realizadas na Grande São Paulo até 2017 e foram reafirmadas durante a 25ª edição de Feira de Saneamento Básico

Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
01/08/2014 | 07:07
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Andréa Iseki/DGABC


Em mesa redonda sobre perdas no processo de produção e distribuição de água, realizada ontem na 25ª edição da Fenasan (Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente), a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) reforçou a meta de investir R$ 3,1 bilhões até 2017 para minimizar o volume desperdiçado em vazamentos nas cidades da Grande São Paulo onde opera o sistema de água e esgoto.

Segundo especialistas participantes do debate, o investimento em projetos com ênfase na melhoria da distribuição de água pode ser alternativa viável para amenizar crises de estiagem, como a enfrentada hoje no Estado.

O diretor de Tecnologia e Empreendimentos da Sabesp, Edson Pinzan, representou a diretora-presidente da companhia, Dilma Pena, no evento. “O investimento em perda de água deve ser perene, não só em momentos de crise.”

Na região, a companhia investirá R$ 58 milhões apenas em São Bernardo com meta de reduzir de 29% para 25% o índice de perda de água. No Estado, o percentual chega a 31,2% (20,3% físicas e 10,9% comerciais). A intenção é chegar à próxima década com perdas físicas próximas a 16%.

Pinzan voltou a ressaltar que a companhia estadual descarta o racionamento como forma de resolver a crise hídrica, apesar da recomendação do MPF (Ministério Público Federal). Segundo o executivo, está sendo realizada gestão da água, quando a população fica sem o recurso por curtos períodos e com aviso prévio. Já no caso do racionamento, os moradores ficariam sem água por até três dias. “Sabemos dos prejuízos de um corte prolongado para a população, tanto pelos transtornos quanto os problemas de Saúde pública.”

A expectativa de Pinzan é que o volume de chuvas volte à média histórica a partir de setembro. No entanto, a companhia estuda utilizar nova cota do volume morto do Sistema Cantareira, que está com 15,4% de sua capacidade, e também do Sistema Alto Tietê, hoje com 20,8%. Desde fevereiro, o nível do Alto Tietê vem caindo, tendo em vista o remanejamento de água feito para suprir as áreas abastecidas pelo Cantareira.

GESTÃO - Projeto da empresa israelense Miya Group na região Metropolitana de Manila, capital das Filipinas, foi apresentado no evento. A ação, implementada entre 2007 e 2012, reduziu o volume de água não faturada de 67% para 38,4% na região, o que incluiu 2,5 milhões de pessoas no abastecimento com a melhoria da regularidade do fornecimento, segundo o vice-presidente responsável pelos negócios e vendas na América Latina da Miya, Shimon Constante.

Para o ex-presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, as instituições financeiras não têm hoje no Brasil linhas suficientes de financiamento para redução das perdas. A sugestão é que sejam feitas PPPs (Parcerias Público Privadas) para viabilizar projetos com vistas à diminuição do desperdício. 




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