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Veteranos sem
hora para parar

Demônios da Garoa lança novo álbum e vem à
cidade de Santo André com ingressos esgotados

Gustavo Cipriano
Especial para o Diário
01/08/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Ao longo das mais de sete décadas de carreira, o Demônios da Garoa passou por diversas formações. Foram muitas mudanças de integrantes até que o grupo chegasse na terceira geração, que atualmente é composta por Izael (timba), Sérgio Rosa (afoxé), Ricardinho (pandeiro), Canhotinho (cavaquinho) e Dedé Paraíso (violão de 7 cordas).

“É sempre dificultoso quando um integrante sai e outro entra, principalmente para um grupo vocal. A voz tem que se encaixar bem. Mas, apesar disso, conseguimos nos virar com todas as mudanças que tivemos”, diz Roberto Barbosa, o Canhotinho, morador de São Caetano.

Em todos esses anos, o quinteto fez e segue fazendo sucesso. Já vendeu por volta de dez milhões de cópias com cerca de 80 discos lançados. Os hits como Trem das Onze marcam a trajetória da banda e sua relação com Adoniran Barbosa, compositor da faixa. “O Adoniran chegou a escrever cerca de 20 músicas sobre São Paulo. E sempre fomos a cara da capital paulista. Nosso casamento deu muito certo”, comenta o membro mais antigo da banda, na estrada desde 1962.

Para comemorar a longa trajetória, que já rendeu registro no Guiness Book como grupo mais antigo em atividade no Brasil, Canhotinho e seus colegas tem viajado em turnê de lançamento do CD Um Samba Diferente (Biscoito Fino, R$ 29. 90 em média). O Demônios da Garoa tem parada em Santo André hoje à noite no Teatro Municipal, com ingressos esgotados.

O repertório é composto por músicas novas e também antigas. Não faltarão as famosas Saudosa Maloca e Samba do Arnesto para agitar os fãs. “Queremos encantar a plateia de Santo André, que sempre recebeu a gente muito bem”, comenta Canhotinho. “O público sempre pede as mais conhecidas e isso é bom, mas é preciso renovar. Por isso queremos tocar canções do novo disco também”.

O atual álbum é composto por 14 faixas, algumas inéditas e outras clássicas. Uma das faixas, Tema da Copa, presta homenagem a Copa do Mundo. A canção foi composta por Zuleica Amaral há muitos anos e sofreu alguns ajustes. “Mudamos um pouco para que se adequasse a esse ano. Quisemos lançar uma música na torcida pelo hexacampeonato, o que infelizmente não aconteceu. Foi uma decepção. Nem devíamos ter posto ela no CD”, brinca.

Outra canção de destaque no disco é a já famosa Trem das Onze. A música eternizada pela banda, aliás, poderia ter tido uma menção a uma cidade do Grande ABC. O cavaquinista do grupo diz que, na época em que escreveu a letra, Adorinan Barbosa morava em Santo André e somente colocou o bairro de Jaçanã, da Zona Norte de São Paulo, na letra para encaixar a rima. “Ele provavelmente queria colocar a cidade na música, mas não rimava com ‘manhã’. Então acabou ficando Jaçanã mesmo, e o bairro ficou famoso.” 




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