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Síndrome de Stevens-Johnson

Reação alérgica mucocutânea grave e potencialmente fatal...

Leo Kahn
01/08/2014 | 07:00
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Reação alérgica mucocutânea grave e potencialmente fatal, causada por uma hipersensibilidade a diversos fatores como infecções por vírus, fungos, bactérias, afecções do tecido conjuntivo, tumores malignos, vacinas e principalmente por diversos tipos de medicamentos. Geralmente se manifesta por descamação em variados graus da pele e das mucosas, com formação de bolhas, em aproximadamente 10% a 30% da superfície do corpo. Sua etiologia ainda não foi esclarecida, mas acredita-se que seja proveniente de uma desordem imunológica, com o envolvimento dos vasos superficiais, ocasionando um processo patológico.

Acomete cerca de três pessoas a cada um milhão nos Estados Unidos e na Europa, com prevalência em crianças e adultos jovens, sem preferência por sexo ou raça. A mortalidade devido à SSJ (Síndrome de Stevens-Johnson) gira em torno de 5% a 15%.

Os medicamentos mais comuns no desenvolvimento da síndrome são:

- Sulfas.

- Anticonvulsivantes.

- Anti-inflamatórios não hormonais.

- Outros antibióticos.

A SSJ pode progredir para quadro de toxemia, com alterações do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central, rins e coração. O prognóstico é grave, especialmente em pacientes idosos e quando há presença de infecção secundária, tornando-se mais grave ainda quando acomete acima de 30% da camada superior da pele, ocorrendo a necrólise epidérmica tóxica.

Sinais e Sintomas:

- Febre;

- Mal-estar;

- Dor de cabeça;

- Coriza;

- Dor muscular;

- Artralgia;

- Lesões cutâneas extensas por diversas regiões do corpo;

- Lesões bolhosas, muitas vezes com sangue e/ou pus na região da boca, lábios, língua, olhos, região da mucosa anal e genital.

O diagnóstico é realizado pelo médico através do histórico e do exame físico, na observação das lesões, que contêm características específicas como as cores e as formas. Podem ser solicitados ainda exames de sangue, urina e amostras das lesões quando existe suspeita de infecções secundárias.

Saiba mais:

- Normalmente a síndrome começa com sintomas semelhantes aos de uma infecção.

- O indivíduo fica com o aspecto de queimado.

- Os locais mais afetados são: mucosa oral, lábios e conjuntiva.

- Não existe nenhum teste diagnóstico para apontar qual medicamento desencadeou a doença.

- Foram descritos mais de cem medicamentos que levam a SSJ.

- Os testes de provocação não são recomendados, uma vez que uma nova exposição ao agente pode resultar em outro episódio da síndrome.

- As cicatrizes consequentes do processo de necrose podem resultar em perda das funções orgânicas.

- Quando alcança os brônquios, pode causar insuficiência respiratória.

- O envolvimento ocular está presente em 39% a 61% dos casos e caracteriza-se por uma conjuntivite purulenta em ambos os olhos, membranosa ou pseudomembranosa, com aderência das pálpebras inferiores e superiores, sendo habitualmente observada nos estágios crônicos da afecção: simbléfaro, oclusão adesiva da ponta lacrimal e opacidade da córnea. Esse quadro pode resultar em cegueira e perfuração do globo ocular.

- O tratamento habitualmente é de suporte e sintomático, devendo ser tomados os devidos cuidados com a pele e mucosa, similares aos de um paciente que sofreu queimaduras, além de uma avaliação oftalmológica diária e acompanhamento por longo período.

- O reconhecimento e retirada do fármaco é a principal ação terapêutica a ser realizada.

- Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos, consulte sempre seu médico.

Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para leo.kahn@uol.com.br ou visite o site www.vivaintegral.com.br 




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