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Invasão preocupa moradores do Eldorado

Barracos começaram a ser erguidos às margens da Represa Billings no fim de semana

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
31/07/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Moradores do Condomínio Praia Vermelha, no bairro Eldorado, em Diadema, localizado às margens da Represa Billings, temem pela área de proteção de mananciais. Isso porque na madrugada de sábado, grupo desmatou parte do terreno para instalar barracas de lona e um barraco de madeira.

“Já não é de hoje que pegamos invasões aqui. Chamamos a polícia, ela vem, as pessoas vão embora, mas voltam”, disse uma moradora, que preferiu não se identificar.

Na terça-feira, vigilante do condomínio foi até o local onde as moradias estavam sendo erguidas e encontrou clima tenso. “Perguntei quem era o responsável, disseram que não tinha e me rodearam com facão, foice. Eram cerca de 20 pessoas. Chamei a polícia.”

Ontem, a equipe do Diário esteve nas margens da represa e nenhuma barraca foi encontrada, porém, havia muito lixo, roupas, pinos de droga, cadeiras e até uma pia. Um rapaz saiu do meio da mata e disse que, no dia anterior, a GCM (Guarda Civil Municipal) e representantes da Prefeitura estiveram por lá. “Aqui não estava essa bagunça, isso foi a Prefeitura que fez. O pessoal só estava carpindo.”

Segundo o Executivo, a GCM e equipe da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano removeram os barracos sem encontrar os responsáveis por eles. A Prefeitura disse que irá monitorar a área.

A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que cuida do entorno da represa, disse que, utilizando equipe própria, fiscaliza a região, tomando as providências legais cabíveis quando constatada alguma irregularidade.

Para o ambientalista do MDV (Movimento em Defesa da Vida), Virgílio Alcides de Farias, ocupações só são coibidas com fiscalização preventiva. “Isso é dever da Prefeitura, Polícia Ambiental e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Ocorre que eles não cumprem suas funções, só aparecem quando o dano já aconteceu.”

O presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), Carlos Bocuhy, concorda. “À Prefeitura, que tem o domínio do território, cabe a fiscalização por terra e o Estado poderia fazê-la de helicóptero, a cada 15 dias. Outra medida é desenvolver projetos habitacionais para evitar novas moradias.” 




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