Política Titulo Governabilidade
Grana não abrirá 1º escalão por maioria na Câmara
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/12/2012 | 07:45
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Ricardo Trida/DGABC


O prefeito eleito de Santo André, Carlos Grana (PT), anunciou que deixará nanicos, recém e futuros aliados de fora do primeiro escalão do governo petista a partir de 2013. Mesmo as secretarias que passarão por reforma administrativa não contemplarão esta parcela do grupo situacionista para garantir, por exemplo, a governabilidade na Câmara. A coalizão formada com os demais parceiros deve se limitar a cargos de segundo e terceiro escalões.

Em recado da postura a ser adotada no comando do Paço, Grana negou que as negociações para construção da maioria na Câmara - atualmente contém nove vereadores comprometidos a atuar na base de sustentação - serão firmadas pelo oferecimento de vaga na linha de frente andreense. Segundo ele, o processo de "ampliar a aliança não passa necessariamente por ocupar secretaria". "Outros partidos que já estão na base aliada, que foram parceiros de primeira hora, não têm representação no secretariado e vão continuar conosco."

O PT fechou a coligação no primeiro turno com PRP, PSD, PR, PCdoB, PHS, PPL. Deste grupo, somente PSD e PRP - por conta da vice Oswana Fameli, que ocupará a futura Secretaria de Desenvolvimento Econômico - garantiram a abertura da gestão no secretariado. O chefe do Executivo eleito afirmou que participar da administração "não quer dizer" ter integrante no primeiro escalão. Para Grana, "acreditar no projeto" de governo é o mote usado na argumentação para atrair outras legendas.

No segundo turno, o apoio de PDT, PMDB, PRTB, PRB e PSC surtiu espaço apenas para a cúpula pedetista, com o ex-prefeiturável Raimundo Salles (na Pasta de Cultura e Turismo) e o coordenador regional da sigla, Cícero Martinha, também presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá (para a secretaria a ser criada de Trabalho e Renda). Outro ex-adversário do processo eleitoral, Alexandre Flaquer (PRTB) deve receber posto de escalão inferior na Saúde, área que trabalhou na administração Aidan Ravin (PTB).

Grana anunciou 22 nomes do seu secretariado. O petista não anunciou somente os chefes do Instituto de Previdência, Emhap (Empresa Municipal de Habitação Popular), Serviço Funerário e SATrans, além das subprefeituras (Vila Luzita e 2º Subdistrito).

 

GOVERNABILIDADE

Com dois vereadores eleitos, o PMDB, por enquanto, não foi agraciado com poder na próxima gestão e tende a ser o fiel da balança pela governabilidade petista. O mandatário estadual peemedebista, deputado Baleia Rossi, já orientou o partido a trafegar na raia governista. Presidente da comissão provisória municipal do PMDB, Nilson Bonome deu sinais de que a bancada pode integrar a situação, porém, nunca escondeu a importância de obter espaço na administração em troca da união.

PV (um), PSB (um) e PTdoB (dois) estão na lista de possíveis aliados. Porém, assim como no governo Aidan, em caso de assumir a adesão, terão de se contentar com cargos de menor expressão, sem chance de executar trabalho efetivo no governo.




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