Economia Titulo Financiamentos de veículos
Juros têm queda de
38% em um ano

Financiamentos de veículos estão em média 19% mais
baratos; alto índice de inadimplência dificulta operação

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
19/12/2012 | 07:39
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A taxa média efetiva de juros dos financiamentos de veículos caiu 19% na primeira semana deste mês em relação ao mesmo período do ano passado. Ganha quem está acostumado a trocar o carro por um zero-quilômetro todos os anos, que colocando o veículo como entrada terá menor dívida e pode conseguir parcelas que comprometem menos a renda, caso a escolha seja por um veículo do mesmo modelo. Segundo o último levantamento do BC (Banco Central), com as médias entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro, as novas operações para aquisição de veículos foram contratadas com juros efetivos médios de 1,99% ao mês nas cerca de 50 instituições financeiras que atuam no País com esta linha de empréstimo. Há 12 meses, o percentual era de 2,48%. Neste cenário de queda, os bancos públicos têm mostrado mais força de atração para os consumidores. O Banco do Brasil apresentou a menor taxa média efetiva, de 1,2% ao mês, com redução de 34,4% sobre o percentual cobrado há um ano. Porém, foi a Caixa Econômica Federal quem teve o maior recuo no preço médio dos financiamentos de veículos. Segundo o BC, a instituição pública cobrava na primeira semana deste mês, em média, 1,27% ao mês, decréscimo de 38% na relação anual. Completam a lista dos cinco maiores bancos de varejo do País, que também atuam nesta modalidade, o Santander, com a terceira menor média, de 1,32% ao mês, apresentando diminuição de 26,6% em relação a dezembro do ano passado. Em seguida está o Banco Bradesco, com 1,36% ao mês e queda de 29,5%. O Itaú Unibanco, após tirar 25,2% de gordura da sua taxa média, cobrou 1,39% ao mês pelas operações. As reduções nas taxas de juros também ocorreram com os financiamentos oferecidos pelos bancos das montadoras, normalmente liberados direto nas concessionárias para a aquisição de veículos novos. Esse foi o resultado de nova postura assumida pelo governo federal, por meio dos bancos públicos, de juros menores assumida em abril. De lá para cá os bancos vêm disputando os clientes com taxas menores, porém no caso dos financiamentos de veículos nem sempre a história é essa. O professor de Gestão de Concessionárias Valdner Papa, que ministra aulas na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e na Fundação Dom Cabral, destaca que muitas pessoas não conseguem a liberação do financiamento mesmo dando grande entrada. "É a postura conservadora dos bancos assumida há quase um ano e meio para combater a inadimplência", destacou. Esses atrasos, acima de 90 dias, estavam em 5,87% em outubro, último registro do BC, atingiram o ápice da série em maio, com 6,10%, e há dois anos chegaram a 2,98%.




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