Economia Titulo Comércio
Região perde posições
em ranking de exportações

Com exceção de S.Bernardo que segue em 4º lugar,
os outros municípios do Grande ABC tiveram piora

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
25/07/2014 | 07:37
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André Henriques/DGABC


 As exportações do Grande ABC encolheram quase 20% (18%) no primeiro semestre e, como consequência, com exceção de São Bernardo, as outras seis cidades da região pioraram sua presença no ranking estadual de vendas ao Exterior. Foi o que apontou levantamento realizado pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que observou os resultados das 39 regionais da entidade, com base em dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 

 Principal polo automotivo do País, São Bernardo se manteve na quarta colocação estadual, ao somar US$ 1,74 bilhão em receita com encomendas ao mercado internacional no semestre, embora tenha reduzido em 16,3% a comercialização de produtos a outros países na comparação com igual período do ano passado. 

 Mesmo com a retração, ainda representa praticamente a metade do exportado pelo Grande ABC (de US$ 2,593 bilhões). O principal destaque são-bernardense foram os embarques de caminhões e ônibus (com US$ 657 milhões de receita, o correspondente a 37,7% do total) e automóveis, picapes e utilitários (US$ 240 milhões, ou 13,8%). 

 Por sua vez, boa parte dos outros municípios da região, além de reduzirem as exportações em relação a 2013, também ficaram para trás no ranking do Ciesp. Foi o caso da regional da entidade em Santo André (que reúne também empresas de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), que passou do 13º lugar nos primeiros seis meses de 2013 para o 16º na metade inicial de 2014; de São Caetano, sede da General Motors do Brasil, que despencou da 27ª colocação para 34ª, e Diadema, que passou de 35ª para 36ª. 

 Para o vice-diretor da regional do Ciesp de São Bernardo, Mauro Miaguti, os números do comércio Exterior do Grande ABC se devem, entre outros fatores, às dificuldades de vendas dos veículos e autopeças brasileiros na Argentina. O governo da presidente Cristina Kirchner, desde o ano passado, restringiu a entrada desses itens do Brasil naquele país (principal destino do que é produzido na região, com 40% do total). Ele acrescenta que o novo acordo automotivo, que entrou em vigor dia 1º, ainda não gerou reflexos positivos nos negócios para esse mercado. 




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