O trem de força é o que torna o Atego 2430 um veículo ímpar quando posto ao lado dos demais caminhões da linha de semipesados da Mercedes-Benz. Novo motor 7.2 de 286 cv, eixo traseiro reformulado e câmbio automatizado de 12 velocidades (opcional por R$ 5 mil) formam um conjunto coerente e digno do destaque no segmento.

O propulsor de seis cilindros está 6% mais econômico devido à nova calibração da curva de torque. São 127,5 mkgf entre 1.100 rpm e 1.200 giros, que tornam o modelo de R$ 240 mil o mais potente da categoria.

O trabalho é muito bem feito em conexão à transmissão, que identifica quando escalonamentos devem devem ser feitos. “Marchas maiores são priorizadas e selecionadas mesmo em aclives, pois a curva de torque foi melhor ajustada”, define o engenheiro de produto da Mercedes, Wilson Baptistucci.

Mais um predicado da transmissão PowerShift é o conjunto de funções de operação. O trabalho é gerenciar em quais rotações e velocidades o caminhão deve atuar. Na EcoRoll, por exemplo, o câmbio é neutralizado em determinadas situações para poupar combustível. O ganho chega a ser de 1%, que pode não parecer, mas é bem significante.

Em comparação ao antecessor 2429, o veículo é capaz de tracionar até 23 toneladas – justamente o peso lastreado durante teste realizado pelo Diário na rodovia Anchieta.

O interior da cabine foi beneficiado por herdar o mesmo acabamento do pesado Axor. Chama atenção o isolamento acústico que amplia o conforto, uma das premissas do conceito Econfort (contração de economia, força e conforto).

O banco pneumático (para o motorista) é item de série de destaque no modelo. No entanto, outros equipamentos poderiam engordar a lista, como ar-condicionado e vidros elétricos, por exemplo.