Percentual do ano passado é menor se comparado ao
balanço de 2012, quando 98% das negociações resultaram em aumentos reais
Pesquisa divulgada ontem pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostrou que 95,3% dos reajustes salariais do País, em 2013, ficaram acima da inflação, mensurada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O percentual é inferior ao de 2012, quando 98% tiveram alta real.
Em média, os ganhos reais atingiram 2,8%, contra 5,6% em 2012. E o Grande ABC não ficou muito longe desse patamar. Na média, os reajustes salariais gerais na região, no ano passado, ficaram entre 1% e 2,5% de ganho real. Normalmente, os pisos ficam pouco acima desses percentuais.
Professor de Relações Trabalhistas e Sindicais e Gestão de Recursos Humanos da Universidade Metodista de São Paulo, Luiz Silvério Silva avaliou que o resultado é fruto tanto da força dos sindicatos nas negociações salariais quanto da boa condição que as empresas se encontravam, mesmo em período de baixa confiança de empresários.
“O piso é o salário base de uma categoria. Como 2013 foi um ano de plena atividade econômica, as empresas não correriam o risco de paralisações. Se no começo do ano algumas fechavam 5% acima da inflação, aquelas que negociariam depois não ficariam muito atrás”, analisou Silva.
O piso salarial médio nacional ficou em R$ 879,04. O setor de serviços teve o maior mínimo, de R$ 931,53, seguido da indústria, com R$ 886,07, e do comércio, com R$ 802,12.
Em serviços, os trabalhadores de bancos e seguros tiveram a maior mediana (valor do meio entre o maior e o menor) de R$ 1.155,60.
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